A mãe de Rui Pedro, desaparecido há 23 anos, em Lousada, afirmou este domingo, em Braga, não ter perdido “a esperança de o encontrar”, afirmando ainda “ser uma mulher de fé”.
Filomena Teixeira falava no final da inauguração do Presépio Vivo de Priscos – este ano dedicado às crianças desaparecidas -, onde foi convidada de honra, tal como o seu marido, Manuel Mendonça, em solidariedade da organização do evento para com aquela família.
“Eu acredito na Virgem Santíssima e tenho fé que um dia ainda verei o Rui Pedro”, disse Filomena Teixeira, salientando que irá continuar “a luta para que ele não fique esquecido, aproveitando todas as oportunidades para falar nele, pois ele respira comigo”.
“Perguntem à fé onde vou buscar essa esperança e talvez obtenham essa resposta”, disse, acrescentando que a “força é orientada pela fé”, uma vez que tem grande crença na filosofia da religião católica.
Filomena Teixeira orou na Igreja, junto à Casa Paroquial de Priscos, um momento testemunhado em exclusivo por O MINHO, na presença do arcebispo de Braga, Jorge Ortiga, além do padre João Torres, a quem o casal agradeceu “esta cerimónia tão bonita”, referindo-se à homenagem ao seu filho e a todas as crianças desaparecidas que nunca foram encontradas.