Chegou a falar-se na hipótese ter havido violação, seguida de homicídio. Mas não houve crime. Esta foi a conclusão a que chegaram as autoridades judiciais e policiais de Braga que investigaram a morte de, Lucinda Ribeiro, uma mulher de 89 anos, ocorrida a 26 de junho, um sábado à noite, na freguesia de Carvalhas, em Barcelos.
Quando o alarme foi dado pensou-se que teria havido homicídio, praticado após violação, mas os investigadores já descartaram essa possibilidade.
Fonte próxima do processo disse a O MINHO que, quer os resultados da autópsia realizada ao cadáver pelo Instituto de Medicina Legal de Braga, quer os dados e vestígios recolhidos pela PJ/Braga no local – incluindo a audição de familiares e outros amigos e vizinhos – apontam nesse sentido, ou seja, o de que terá havido morte natural.
Conforme então noticiámos, na noite do falecimento, o filho, Fernando Almeida, foi ao café da localidade dizer que a mãe estava morta e que tinha sido ele a matá-la. Versão que depois desmentiu, quando interrogado pela PJ, que acabou por não o deter, até porque o homem, apresentava um discurso incoerente e desconexo.
A Polícia viu-lhe ainda o telemóvel, mas nada terá encontrado. Inicialmente, quando ‘confessou’, a GNR teve-o algemado, mas depressa o soltou.
“Disse que a matei, mas não fui eu!”
E contou, ainda: “Disse no café e à GNR que fui eu que a matei, mas não fui”.
Uma das razões que levou os polícias a ponderar a hipótese de homicídio, prendia-se com o facto de o filho ter sido condenado, há alguns anos atrás, a uma pena de prisão efetiva por violação. Mas – sublinhe-se – nunca mais praticou atos criminosos.
Na ocasião e no local, deu aos jornalistas a seguinte versão: “Eu estava na cozinha e ouvi um barulho. Pensei: lá vai ela fugir outra vez (numa alusão à doença de Alzheimer de que a mãe supostamente padecia). Fui ao quarto dela e não estava na cama, estava caída no chão, e nua. Peguei nela, pu-la em cima da cama e abanei-a…Como não respondeu concluí que tinha morrido”.