Ao contrário do que sucede noutras prisões da região Norte, nos estabelecimentos prisionais de Braga e de Viana do Castelos não há qualquer caso de reclusos portadores de Covid 19.
José Semedo Moreira, Chefe de Equipa do Centro de Competências de Comunicação e Relações Externas da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais adiantou a O MINHO que, no estabelecimento prisional de Braga há quatro trabalhadores que comunicaram terem, no âmbito das suas vidas privadas, feito testes à covid 19 e que tiveram resultados positivos, pelo que estão nos seus domicílios e a ser acompanhados pela saúde pública das suas áreas de residência.
No Estabelecimento Prisional de Viana do Castelo não há qualquer caso de trabalhadores positivos à covid 19.
20 infetados no Porto e em Matosinhos
No dia de ontem, terça-feira, ao final da tarde, havia 20 reclusos infetados com o coronavírus nos estabelecimentos prisionais de Custóias, no Porto e de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos. A informação corresponde ao fim da tarde de ontem, e foi obtida junto da Guarda Prisional após a realização de testes rápidos na prisão de Custóias.
A Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais adiantou que em Custóias foi detetada, anteontem, ao início da tarde, a infeção num recluso, enquanto que em Santa Cruz do Bispo há sete homens infetados, todos respeitantes a reclusos do regime comum (externo à Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental). Um dos trabalhadores desta prisão também testou positivo, mas a infeção – diz o organismo – , “foi contraída no contexto da sua vida privada; fez teste e informou estar positivo à Covid 19”.
O número de infetados subiu à medida em que foram feitos testes aos presos.
No que toca a Custóias, uma fonte da Guarda Prisional disse que se teme que a situação sanitária se agrave dado que as visitas ainda continuaram ontem. Uma outra afirmou que os reclusos de Santa Cruz do Bispo estão fechados nas celas e temem a generalização da infeção.
A propósito, a Direção-Geral salienta que, “em conformidade com o plano de contingência em vigor, os reclusos do pavilhão de Custóias, onde que se encontra alojado o homem infetado, foram colocados em quarentena, medida que implica a suspensão das diferentes atividades, incluindo visitas, e o uso obrigatório de máscara por todos os reclusos, a todo o tempo e em todos os espaços do estabelecimento, indo todos eles ser testados”.
Já no Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo (masculino), e nos termos do mesmo Plano, “os reclusos de uma Ala deste estabelecimento prisional foram colocados em quarentena. Os sete reclusos positivos estão assintomáticos, encontrando-se isolados da demais população reclusa e sob acompanhamento clínico continuado”.