Declarações dos treinadores do Nacional e do Vitória SC, no final do encontro da 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio da Madeira, no Funchal, que terminou com vitória do Nacional 1-0:
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Manuel Machado (treinador do Nacional): “É uma vitória importante, sendo de realçar aquilo que os jogadores fizeram no campo. Depois de um tão longo período com derrotas, o nosso principal inimigo é o estado anímico, onde qualquer equipa fica derrubada perante este tipo de situação. O que eles aqui fizeram, já o haviam feito com o FC do Porto e com o Tondela, mas não foram premiados, pelo que fizeram, com pontos. Esta vitória vem com duas jornadas de atraso, onde, pelo menos, quatro pontos poderíamos ter feito.
A equipa continua a acreditar, a estrutura do clube continua a acreditar que é possível reverter esta situação. Há 15 pontos para jogar e vamos continuar a lutar e a acreditar que é possível. Em futebol vêm-se coisas fantásticas, pelo melhor e para o pior.
A nossa situação continua a ser difícil, mas um pouquinho menos difícil do que era antes de começar este jogo. A conjugação da força anímica da equipa e de cada um dos jogadores hoje esteve no campo, felizmente com mais competência defensiva e também com uma pontinha de felicidade, que nos havia fugido aqui e ali.
Cada jogo tem três pontos e vamos a Alvalade à procura desses pontos. Não abdicamos disso, com todo o respeito pela qualidade e excelente temporada que o Sporting está a fazer. O que fizemos com uma equipa do mesmo nível, o FC Porto, deixa-nos esperançados, sabendo que os pontos são para disputar até ao último minuto de cada encontro. Teremos de ser organizados e combativos.
Bino Maçães (treinador do Vitória SC): “Foi um resultado negativo, em que nos faltou sermos eficazes. Acho que não entrámos bem no jogo, principalmente na primeira parte. Permitimos um golo ao Nacional e as coisas a partir daí tornaram-se muito mais difíceis. Tivemos que ir atrás do resultado e acabámos dando uma boa resposta na primeira parte. Tivemos duas bolas no poste e algumas situações em que poderíamos ter chegado ao golo do empate, mas isso não aconteceu.
Por vezes não conseguimos entrar focados desde o primeiro momento e uma distração pode levar a que haja um golo do adversário. O golo do Nacional foi feliz, pois a bola foi prensada num nosso defesa, que acabou traindo um bocadinho o Varela.
Na segunda parte, houve mais precipitação da equipa. Quando se está em desvantagem temos de acelerar os processos e os jogadores não conseguiram interpretar bem, fruto também de alguma ansiedade do passado, que acaba por surgir nesta fase, quando se está em desvantagem. Quisemos fazer as coisas rápido, mas não as fizemos como pretendíamos. Arriscámos tudo a partir de determinada altura para poder inverter o resultado. Colocámos dois pontas de lança e teríamos de ter um jogo diferente para os poder potenciar, mas quase nunca o conseguimos fazer nesse período.
Não fomos eficazes nem felizes e o Nacional teve essa eficácia e felicidade e isso ditou o resultado.
Não devíamos estar com ansiedade. É preciso passar confiança aos jogadores, porque estar a lutar por um objetivo europeu não pode levar a que a equipa fique nervosa e ansiosa. Acho que é uma coisa que deve ser agradável de se poder fazer e que nos deve motivar para obter os resultados que pretendemos.
A equipa não consegue dar essa resposta, principalmente quando está em desvantagem e temos de inverter esta situação. Continua tudo em aberto naquilo que é a possibilidade de atingir uma competição europeia e é disso que temos de ir atrás.”