Declarações após o jogo entre Vitória SC e Belenenses SAD, da quinta jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, e que terminou empatado, 0-0:
– Pepa (Treinador do Vitória SC): “Acima de tudo, quero dar uma palavra para o Rochinha [transportado para o hospital após ter caído inanimado no relvado]. Espero é que esteja bem. Isso para mim é o mais importante de tudo.
Não existem vitórias morais, mas este jogo fica na história. É um orgulho tremendo naquilo que foi feito. Foram homens solidários e organizados. Tivemos uma entrada fortíssima no jogo. Tivemos expulsões, mas não abdicámos de ganhar o jogo. houve situações em que ao não finalizarmos as jogadas, permitimos transições ao Belenenses SAD. Não ganhámos, mas quisemos os três pontos no início, durante e no fim do jogo. Tentámos de tudo. O que fica para a história é o ponto, mas o que aconteceu aqui hoje é de valorizar, de entrega tremenda.
Sobre a arbitragem, prefiro nem falar. Tenho é de estar no banco a ajudar os jogadores. Não tenho de estar de ‘cabeça quente’. Não vi uma única vez um jogador do Vitória passar tempo. Estamos ali para jogar. O Alfa [Semedo] foi bem expulso. Não nos podemos lamentar da expulsão do Alfa, mas estamos ali para jogar. Quisemos ganhar o jogo, com 10 e com nove elementos. O Mumin teve cãibras e teve de sair do campo e ficámos reduzidos a oito elementos. Demos todos a vida uns pelos outros. Não aceitamos perdas de tempo. Isto não é para ‘respirar’. É para andar. Vamos entrar sempre em campo com entrega sacrifício e qualidade. Tivemos oportunidades de golo com qualidade.
A questão individual das expulsões é trabalhar internamente. Orgulhosos. Nunca se sentiram sozinhos. Sabiam que olhavam para o lado e viam um colega a ajudar. Um jogador chegava atrasado, mas estava sempre lá para ajudar o colega. Temos frustração por não ter ganhado. Com menos dois homens, tivemos três, quatro oportunidades de golo. Não abdicamos daquilo que tanto queremos e para que tanto trabalhamos.
Percebemos que não iríamos ser tão pressionantes na fase de construção do Belenenses SAD. Não poderíamos perder a cabeça. Temos de identificar mais e melhor as referências de pressão”.
– Nuno Pereira (Treinador-adjunto do Belenenses SAD): “Faltou eficácia. Criamos oportunidades. Não as conseguimos concretizar.
Nem sempre é fácil jogar em superioridade contra uma equipa que recua as linhas e joga num bloco mais baixo. Tentámos tirar proveito dessa superioridade numérica nos corredores laterais. Procurámos jogo exterior para ter mais largura e tirar cruzamentos, mas não conseguimos [marcar]. Tentámos fazer tudo o que estava ao nosso alcance.
As alterações foram sempre no sentido da vertente ofensiva, mas o contexto não foi o melhor, porque o adversário organizou-se bem e contou com o apoio do público. O sentido das substituições foi dar algo à equipa em termos ofensivos, mas esse efeito não foi conseguido”.