Declarações na conferência de imprensa, após o jogo Nacional-Vitória SC (1-2), da 32.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio da Madeira, no Funchal:
– Luís Freire (treinador do Vitória SC): “Sabíamos que ia ser um jogo complicado, não é fácil jogar aqui. O Nacional ganhou aqui ao FC Porto [2-0] e ao Santa Clara [2-0], que é um adversário que está perto de nós. Tínhamos de vir aqui e tentar a vitória, dar tudo por tudo.
Entramos bem no jogo, com bola e boa circulação. O Nacional entrou em ‘5x4x1’, mais fechado e na expectativa. Nós começamos a circular bem [a bola] e, numa dessas jogadas, marcamos um grande golo, pelo Tiago Silva, numa execução muito boa. Até ao intervalo, o Nacional também teve algumas chegadas, mas sem criar muito perigo. Penso que o nosso guarda-redes não faz uma defesa na primeira parte inteira.
O Nuno Santos foi protagonista no segundo golo, com uma grande jogada, em que acaba por assistir muito bem para o Chucho Ramirez fazer o 2-0. A partir dai, o Nacional não tinha nada a perder e arriscou tudo na frente. E se tivéssemos feito o 3-0, pelo Vando Félix, o jogo acabava.
O 2-1 depois abriu o jogo. A partir daí, com 15 minutos para acabar, o Nacional, a perder, foi todo para frente. Este é um campo muito difícil, o Nacional é uma equipa muito combativa mas nós soubemos estar e fechamos muito bem o jogo”.
– Tiago Margarido (treinador do Nacional): “Nós não vivemos de vitórias morais, contudo, importa contextualizar tudo aquilo que aconteceu. Defrontamos um Vitória fortíssimo, que está a fazer um excelente campeonato, que fez uma Liga Conferência fantástica e, mesmo assim, tivemos a capacidade de dividir o jogo.
Na primeira parte, acabaram por chegar à vantagem, a meu ver, de forma injusta, quando o jogo estava repartido. Estávamos a ceder o domínio do jogo, mas de forma consentida, pois estávamos a criar boas zonas de pressão para depois sair em transição.
Na segunda parte, conseguimos provar que o futebol tem muita crueldade. Entramos bem, conseguimos condicionar a primeira fase do Vitória, fomos mais ambiciosos, e a verdade é que marcaram o 2-0 sem que nada o fizesse prever.
Mesmo assim, tivemos a capacidade de nos mantermos dentro do jogo e acabamos por reduzir o resultado. Procuramos de todas as formas e prova disso são os 11 remates contra três na segunda parte”.