O PNR (Partido Nacional Renovador) promove, este sábado, pelas 15:00 horas, na Praça Conde de Agrolongo, uma concentração de desagravo junto da estátua do Marechal Gomes da Costa em Braga.
A manif do PNR – tido como nacionalista e de extrema-direita – segue-se à concentração feita na noite do passado 24 de abril, por militantes do Bloco de Esquerda que taparam a estátua e protestaram contra a “naturalização” dos símbolos, afirmando que este, em concreto, representa a implantação do “fascismo” em Portugal.
“Nada mais falso!”, diz o Partido, e explica porquê: “em 1926, Portugal vivia um clima de desgoverno anárquico, de caos social, político e económico que se arrastava há dezasseis anos. Nesse período de tempo, teve oito (8) Presidentes da República e quarenta e cinco (45) governos. Revoltas, assassinatos, perseguições à Igreja e aos católicos e o terror semeado por grupos criminosos pertencentes ao regime, como a “Formiga Branca”, eram o quotidiano. Contra isto, um conjunto de militares, encabeçado pelo General Gomes da Costa, deu início a um levantamento militar que saiu de Braga e marchou até Lisboa, tendo levado à deposição do governo e à resignação do então Presidente da República, Bernardino Machado”.
E fazendo a sua leitura da história, o PNR diz que “tal movimento, logo apoiado por amplos setores da sociedade, foi recebido triunfalmente em Lisboa”.
“O Marechal Gomes da Costa foi Presidente da República por menos de um mês, tendo sido afastado por Óscar Carmona, pois como muitas vezes sucede, as revoluções devoram os seus próprios protagonistas. Morreu em 1929, ou seja, três anos antes de Salazar assumir a liderança do governo e da posterior criação do Estado Novo com a constituição de 1933”, sublinha.
E, continuando a rebater a tese do BE, os nacionalistas escrevem: “A estátua em causa não faz a apologia de regime algum. Honra, sim, um Herói Nacional, militar de prestígio e comandante do CEP na I Guerra Mundial, cujo centenário celebramos este ano, e por isso, entendemos este acto como um ataque a uma figura da nossa História, o que consideramos absolutamente imperdoável.”
Para o PNR “esse património colectivo não pode ser manipulado pela extrema-esquerda “revisionista”, saudosista da 1ª República, nem apagada a grandeza do nosso passado em nome de interesses ideológicos sectários. E é tipo de censura que querem eles impor-nos, fazendo aprovar legislação nesse sentido, para o que contam com a fraqueza da “direitinha” e a aprovação da restante esquerda.
“A História não se apaga e a mentira não se pode impor! O PNR exige a defesa do património comum do povo bracarense! No próximo sábado, dia 05, militantes do PNR da zona Norte levarão a cabo uma acção de defesa dos nossos Heróis contra a o ódio e a mentira da extrema-Esquerda”, remata.