O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, acusou hoje o Governo de não ter uma visão, projeto ou estratégia para o país, acrescentando que Luís Montenegro esgotou a sua credibilidade e desbaratou a confiança do povo português.
“O ainda primeiro-ministro esgotou a sua credibilidade, desbaratou a confiança que o povo português lhe deu, mas esgotou também o seu projeto no dia que esgotou o excedente orçamental que herdou dos governos do PS. Temos neste momento um Governo sem visão para o país, sem projeto, sem estratégia. Depois de distribuírem o excedente, não resta nada”, afirmou o líder do PS.
Na Póvoa de Lanhoso, num jantar para comemorar o 25 de Abril e de apresentação da recandidatura de Frederico Castro (atual presidente da câmara), às eleições autárquicas, perante cerca de 2 mil apoiantes, o líder do PS reiterou, no seu discurso, que o país vai a eleições por “exclusiva responsabilidade” de Luís Montenegro.
“Nós vamos para eleições, infelizmente, por exclusiva responsabilidade do ainda primeiro-ministro Luís Montenegro. Nós não desejamos estas eleições, mas chegados aqui nós vamos ganhá-las, nós vamos ganhá-las, nós vamos ganhá-las”, vaticinou.
Para o secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro, o Governo da AD, além de ser “um Governo sem visão para Portugal”, é “profundamente incompetente naquilo que é mais importante na vida” dos portugueses.
“A área onde este Governo mais tem falhado é uma das áreas mais importantes para a nossa vida coletiva: a Saúde. Hoje vivemos numa situação de profunda instabilidade e de caos no SNS [Serviço Nacional da Saúde]. Passado um ano, temos hoje mais problemas no SNS do que tínhamos há um ano. Um Governo que prometeu resolver rápido, mas que aquilo que trouxe foi mais problemas a um setor que já tinha problemas”, acusou Pedro Nuno.
O secretário-geral do PS acusou ainda o Governo liderado por Luís Montenegro de governar para as minorias.
“É também, que ninguém se engane, como todos os Governos do PSD, um Governo que governa para a minoria do povo português. Invocam a classe média para governar sistematicamente para os de cima. Aquilo que a AD tem feito é exatamente governar para essa minoria”, referiu Pedro Nuno Santos.
O líder do PS deu como “um dos maiores exemplos” dessa governação para as minorias, a questão da habitação.
“Prometeram resolver o problema da habitação, tomaram algumas medidas, erradas, com uma única consequência que tiveram foi a aceleração dos preços do imobiliário. Nestas eleições apresentamos medidas para todos os portugueses, não para uma minoria de portugueses. É por isso que uma das medidas que nós apresentamos é o IVA zero para os bens alimentares essenciais”, destacou Pedro Nuno Santos.
O secretário-geral do PS disse ainda que quer “baixar para todo o consumo energético o IVA da eletricidade de 23 para 6% em todo o consumo, “porque quem trabalha tem o direito aquecer-se nas suas casas”.
Além disso, tem como objetivo “reduzir em 20% o IUC” dos automóveis.
“Governamos para todos, não só para alguns, sabemos que ainda há 2 milhões de famílias em Portugal que usam gás de botija em suas casas. O gás de botija em Portugal custa o dobro do que custa em Espanha. É por isso que nós vamos regular e baixar o preço do gás de botija em Portugal”, afirmou Pedro Nuno Santos.