Os municípios da região do Cávado viram aprovadas, até setembro deste ano, 9.487 candidaturas, com um valor aprovado de 471 milhões, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que ficou popularmente conhecido como ‘bazuca financeira’.
Os dados foram apresentados, esta sexta-feira, na Câmara de Vila Verde, onde decorreu uma reunião de trabalho entre o Conselho Intermunicipal (CI) do Cávado e a Comissão Nacional de Acompanhamento (CNA) do PRR.
Com a presença dos autarcas do CI e do presidente da Comissão Nacional, Pedro Dominguinhos, a reunião teve como objetivo a análise, acompanhamento e aplicação dos fundos PRR na região, nomeadamente montantes aprovados na Comunidade Intermunicipal do Cávado, que integra os concelhos de Barcelos, Esposende, Braga, Amares, Terras de Bouro e Vila Verde.
Em comunicado, a CIM do Cávado refere que a ordem de trabalhos começou com uma apresentação do presidente da CNA do PRR, onde foi desenvolvida uma análise dos investimentos PRR aprovados por concelho, nomeadamente a distribuição e respetivas áreas de intervenção.
Dos 471 milhões de euros aprovados para o Cávado dominam os investimentos em inovação e capitalização empresarial, seguindo-se as qualificações e competências, habitação e respostas sociais.
“No que diz respeito à área social, mais propriamente na execução dos investimentos, os autarcas presentes manifestaram grande preocupação, uma vez que várias IPSS com projetos aprovados pelo PRR têm reportado diversas dificuldades sentidas para a execução dos mesmos. A conjuntura económica e financeira atual, por via da inflação, alterou em muito os valores para execução dos referidos projetos. Esta realidade pode colocar em causa a execução das operações PRR, mas também a sustentabilidade financeira destas Instituições”, refere o comunicado.
Na reunião, os autarcas salientaram a necessidade de desburocratização dos processos, porque os processos densos e burocráticos levam a um comprometimento dos prazos de execução dos projetos na região.
Pedro Dominguinhos referiu que está em marcha, para 2025, uma reprogramação do PRR por forma a otimizar e agilizar a execução destes fundos.
“O CI reiterou a importância destes investimentos na região, reforçando de que é fundamental um olhar atento para as preocupações que têm vindo a ser sinalizadas, para que a execução destes fundos se torne uma realidade no que diz respeito ao desenvolvimento e crescimento dos territórios”, conclui o comunicado.