Líder da NATO consulta aliados, presidente da UE chocado

Suposto ataque russo em território polaco
Press Conference by NATO Secretary General Jens Stoltenberg

Jens Stoltenberg, líder da NATO recorreu à rede social Twitter para reagir ao suposto ataque desta noite a um edifício numa vila da Polónia, atingido por mísseis russos, prestando condolências pela morte de duas pessoas.

O porta-voz da aliança atlântica disse já ter falado com o Presidente polaco, que a NATO está a “monitorizar” o episódio e que os aliados estão a ser consultados.

“A NATO está a monitorizar a situação e os Aliados estão a ser consultados. É importante que se apurem os factos”, escreveu Stoltenberg.

Um alto funcionário dos serviços de informações dos Estados Unidos disse hoje que mísseis russos caíram na Polónia, país membro da NATO, incidente que causou a morte a duas pessoas.

O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, convocou com urgência a Comissão de Segurança Nacional da Polónia após estes relatos.

Já o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu que a queda de mísseis russos na Polónia é um “ataque à segurança coletiva” e uma “escalada muito significativa” no conflito.

Charles Michael, presidente do Conselho Europeu, utilizou a mesma rede social para se mostrar “chocado” com a situação.

“Chocado com as notícias de um míssil ou outra arma terem morto pessoas em território polaco. As minhas condolências à família. Estamos com a Polónia. Estou em contacto com as autoridades polacas, membros do Conselho Europeu e outros aliados”, escreveu esta terça-feira o porta-voz da União Europeia.

Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, confessou-se alarmada com os relatos, não só da explosão na Polónia como de ataques a cidades ucranianas perto da fronteira.

O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que é preciso averiguar e esclarecer a queda de mísseis na Polónia, e que se deve evitar novos incidentes e construir a paz

“Como o meu colega polaco já disse é preciso aguardar pela confirmação da origem dos mísseis. Mas há algo sobre o qual não é preciso esperar, é que qualquer arma de guerra é letal, qualquer arma de guerra deve ser evitada e qualquer arma de guerra não deve ser utilizada”, afirmou António Costa à margem da inauguração da exposição “Quem conta um ponto…” de Paula Rego, na Fundação de Serralves, no Porto.

O governante considerou ainda que está na hora de se construir a paz.

“A Rússia não pode ganhar a guerra, mas ganhar a guerra significa construir a paz e é isso que é necessário e, portanto, evitar novos incidentes”, frisou.

Reafirmando que é necessário apurar e esclarecer o que é que ocorreu, Costa vincou que seja qual for origem do míssil, caia onde caia é sempre um motivo de maior preocupação.

E acrescentou: “o facto de ser um país que estava em paz é uma preocupação acrescida, mas a preocupação não é menor quando os mísseis caem na Ucrânia porque os mísseis que caem na Ucrânia não matam menos pessoas, não ferem menos pessoas, não destroem menos bens”.

Motivo pelo qual o primeiro-ministro referiu que é preciso um esforço para que “tão rapidamente quanto possível” a guerra termine e a paz seja restabelecida.

 
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