A mulher que matou um empresário têxtil, em julho de 2020, em Famalicão, cometeu o crime para pagar avultadas dívidas às quais não conseguia fazer face, concluiu o Ministério Público (MP), que a acusa dos crimes de homicídio qualificado, furto qualificado e posse de arma proibida.
Segundo a acusação, citada pelo Correio da Manhã (CM), que hoje avança a notícia, Cristina Azevedo, de 48 anos, tinha dívidas que ultrapassavam os 50 mil euros e, inclusivamente, tinha encerrado a sua pequena confeção por não conseguir saldar créditos.
Como sabia que a vítima, Joaquim Costa, 49 anos, empresário de Oliveira São Mateus, que costumava dar-lhe trabalho, guardava avultados montantes de dinheiro em casa, urdiu um plano com o objetivo de o assaltar.
“Decidiu assaltar a residência da vítima, achando que lá poderia encontrar bastante dinheiro para fazer face à sua situação financeira, pensando que para o fazer teria de matar a vítima”, refere a acusação, citada pelo CM.
Assim, e como O MINHO noticiou, na madrugada de 23 de julho do ano passado, foi até à casa do empresário, trepou o muro, entrou por uma janela aberta da sala e matou-o com oito facadas. Levou oito mil euros do cofre-forte da casa.
De acordo com o Ministério Público, Cristina Azevedo planeou o crime com uma semana de antecedência, tendo sido vista a rondar a casa da vítima por duas vezes.
Quando o atacou, o empresário estava a dormir, mas ainda acordou e tentou defender-se, porém acabou por desfalecer.
Com a vítima caída no chão a esvair-se em sangue, a mulher de 48 anos remexeu a casa toda até encontrar o cofre e levar os oito mil euros.
A suspeita foi detida oito meses depois, em abril deste ano, pela Polícia Judiciária.
Ficou a aguardar julgamento em prisão preventiva.