O Mosteiro de S. Miguel de Rejofos, em Cabeceiras de Basto, vai beneficiar de um investimento de dois milhões de euros, ao abrigo de uma candidatura a fundos comunitários, já aprovada, informou, esta sexta-feira, o município.
Em comunicado, a Câmara de Cabeceiras de Basto acrescenta que o investimento se traduzirá na beneficiação das coberturas da igreja e da ala nascente do mosteiro, na reabilitação de vãos e pinturas das fachadas e na conservação e restauro da fachada principal da igreja e torres sineiras.
O dinheiro será também aplicado no desassoreamento da Ribeira de Penoutas, para baixar o nível freático na envolvente ao mosteiro, e na reabilitação do espaço onde antigamente funcionou a livraria.
O projeto prevê, igualmente, estudos sobre patologias e outros problemas estruturais que afetam o imóvel, sobre a antiga Botica e sobre o sistema hidráulico do mosteiro.
Estes estudos pretendem contribuir para a melhoria do conhecimento científico e histórico do mosteiro, que a autarquia quer ver classificado como Património Mundial.
Ao abrigo da candidatura, será também criado um programa de animação cultural e um percurso de visitação ao mosteiro.
A Câmara de Cabeceiras de Basto já assegurou que não vai desistir da candidatura do Mosteiro de Refojos a Património Mundial, apesar de, este ano, a Comissão Nacional da Unesco ter decidido não inscrever o monumento na Lista Indicativa de Portugal.
Trata-se do único dos 29 mosteiros beneditinos em Portugal que foi construído de raiz segundo os cânones da arte barroca, sendo também o único com um zimbório monumental.
O mosteiro, além da igreja, integra os Paços do Concelho e o Externato de S. Miguel de Refojos, este último património da Arquidiocese de Braga.
A igreja, a sacristia e o teto do salão nobre dos Paços do Concelho estão classificados como imóvel de interesse público desde 1933.
Fique a par das Notícias de Cabeceiras de Basto. Siga O MINHO no Facebook. Clique aqui