Mortágua atira aos “governos do centro” que “escancararam as portas” à extrema-direita

Legislativas 2025
Foto: Lusa

A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, acusou hoje os “governos do centro” de terem “escancarado as portas” à extrema-direita, afirmando que agora não se podem queixar.

“De quem é que os governos do centro, que fizeram a política até hoje, se podem queixar realmente, se não deles próprios, que escancararam as portas à extrema-direita?”, questionou Mariana Mortágua, no primeiro comício do BE que marcou o arranque da campanha oficial, no “Incrível Almadense”, em Almada, Setúbal.

O comício, intitulado “A Esquerda Europeia com o BE”, contou com intervenções de Li Andersson (Aliança de Esquerda/Finlândia), Irene Montero (Podemos) e Manon Aubry (França Insubmissa), e juntou na plateia nomes de peso do partido como a antiga coordenadora nacional, Catarina Martins, e os três fundadores que serão cabeças de lista nestas legislativas: Francisco Louçã (Braga), Fernando Rosas (Leiria) e Luís Fazenda (Aveiro).

Numa intervenção de cerca de 20 minutos, Mortágua apontou ao “centrão” europeu e nacional, PS e PSD, acusando-os de terem privatizado os serviços públicos, “rebentado com as leis do trabalho”, e deixado “à solta a finança”.

“Esses governos que compraram a agenda racista e xenófoba, que cederam nos princípios dos direitos humanos e que permitiram o genocídio do povo de Gaza, que permitiram destruir a fronteira da humanidade e destruir o direito internacional. De quem é que esses governos, de quem é que esses partidos e líderes políticos se podem queixar?”, interrogou.

Mortágua criticou PS e PSD por terem feito tudo isto nos últimos anos e ainda terem “a coragem de dizer «votem em nós porque senão vem aí a extrema-direita»”.

A dirigente bloquista argumentou que para combater a extrema-direita é preciso combater os oligarcas, insistindo na taxação de grandes fortunas, e combater as desigualdades.

“No dia 18 de maio, o teu voto vale tanto como o voto de um oligarca. No dia 18 de maio, o teu voto vale tanto quanto o voto de um bilionário. A boa notícia é que em Portugal há 50 bilionários. E nós somos milhões”, rematou, ao som de “Mudar de Vida” do grupo musical Humanos, mote da campanha eleitoral.

 
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