Morreu, esta sexta-feira, aos 43 anos, Susana Vilaça, mulher de Braga que sofria de doença oncológica e travou uma luta para ver aprovado, pelo Infarmed, um medicamento inovador que lhe podia prolongar a vida.
O medicamento acabou por ser aprovado após O MINHO noticiar o caso e ter-se gerado uma onda de solidariedade a nível nacional.
O funeral realiza-se no sábado, às 15:00, na Igreja Paroquial de Esporões.
Como O MINHO noticiou, Susana Vilaça, de Braga, tinha dificuldades em conseguir acesso a um medicamento sob regime especial capaz de lhe prolongar a esperança de vida. Os médicos que a seguiam há sete anos afirmavam que era o caminho, mas os peritos do Infarmed diziam existir outras terapêuticas e davam ‘nega’ ao pedido de autorização cumprido pelo Hospital de Braga.
Devido ao elevado custo do medicamento – o orçamento estipulado para cada ciclo mensal desta terapêutica é de 9.092,16 euros – Susana pediu ajuda para fazer o tratamento criando uma página nas redes sociais.
Duas semanas depois de O MINHO ter noticiado o caso e, consequentemente, ter-se gerado uma onda solidária a nível nacional, o Infarmed aprovou o pedido de autorização excecional para que fosse administrado o medicamento Lynparza.
Calvário
O calvário de Susana Vilaça começou pouco antes do Natal de 2013, quando tinha 34 anos. Foi-lhe diagnosticado um cancro com início numa glândula mamária, que conseguiu combater. Em 2018 foi atingida na outra glândula, com duas recidivas em 2019 que a forçaram a várias terapêuticas, incluindo quimioterapia, radioterapia, hormonoterapia e intervenção cirúrgica.
Mas a doença atacou de novo, está ativa a nível peritoneal e parece ser cada vez menos resistente à quimioterapia.
Residente na freguesia de Esporões e mãe de dois filhos, Susana não desistiu de lutar pelo tratamento inovador, o que conseguiu há um ano, acabando por falecer esta sexta-feira.