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Morreu, esta quinta-feira, aos 52 anos e após uma batalha contra doença oncológica, João Oliveira Pinto, ex-jogador que se sagrou campeão do mundo de sub-20, em 1991, e que passou por clubes do Minho, como Vitória SC, SC Braga e Gil Vicente, avança a Federação Portuguesa de Futebol no seu ‘site’.
“O médio criativo, de técnica superlativa, somou mais de 61 internacionalizações ao serviço das seleções nacionais de formação, onde teve um percurso brilhante e se sagrou igualmente vice-campeão da Europa sub-21”; descreve a FPF.
No seu percurso como jogador profissional jogou, entre outros, em clubes como o Vitória SC, Gil Vicente e SC Braga.
Era delegado à Assembleia-Geral da FPF por eleição no Sindicato de Jogadores de Futebol Profissional que, há poucos meses, confirmou que o antigo jogador combatia uma leucemia.
Fernando Gomes fala em notícia que enche de tristeza o futebol
“O desaparecimento do João Oliveira Pinto é uma notícia que enche de tristeza todo a família do futebol nacional. Não apenas pelo muito que nos deu em campo mas, sobretudo, por tudo aquilo que nos continuava a dar como dirigente do Sindicato de Jogadores, delegado da Assembleia-Geral da FPF e amigo de muitos de nós”; disse Fernando Gomes, presidente da FPF.
“Depois de uma luta contra a doença tão breve quanto injusta e de desfecho infeliz, deixa-nos um legado de grande amor ao futebol e de dedicação ao próximo. O jogador que nos ajudou a levantar o bicampeonato em Lisboa, em 1991, junto da sua geração de ouro, era igualmente uma pessoa que a todos distribuía simpatia, gentileza e um sorriso aberto e amigo”, prosseguiu.
A finalizar, Fernando Gomes deixou “a toda a sua família, aos seus amigos, ao Sindicato dos Jogadores, com uma palavra especial ao seu presidente Joaquim Evangelista, e a todos os clubes que representou na carreira envio as minhas mais sentidas condolências”.
“Obrigado por tudo, João Oliveira Pinto. Descansa em paz”, concluiu.
Liga expressa “profundo lamento”
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) também expressou hoje “profundo lamento” pela morte do antigo médio.
“A LPFP expressa profundo lamento pela morte de João Oliveira Pinto, antigo jogador que se sagrou campeão do mundo de sub-20 em 1991 e que desempenhava atualmente funções de delegado do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol” na assembleia-geral da Federação Portuguesa de Futebol, pode ler-se em comunicado.
Numa curta nota hoje publicada, a Liga “endereça as mais sentidas condolências” à família, amigos e ao Sindicato, lembrando os vários clubes em que o antigo futebolista jogou.
Evangelista lembra “um ser humano muito especial”
Atualmente, o antigo médio ofensivo exercia funções como delegado à assembleia-geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), indicado pelo Sindicato.
“Deixou-nos, à família do futebol, à família, e ao Sindicato em particular, muito consternados. Era um ser humano muito especial e ainda estamos a digerir esta notícia”, declarou o dirigente sindical Joaquim Evangelista.
Segundo Evangelista, “no futebol conseguiu deixar marca em todo o lado”, e “marcou uma geração”, a de Ouro, que “o tem como referência”.
“[Esta perda]vai tocar os jogadores em especial, o João era muito querido para eles. (…) O Sindicato era a casa dele, era muito importante para nós”, lembrou.
Mundial de 1991 foi “o ponto alto da carreira”
João Oliveira Pinto, natural de Lisboa, teve como ponto alto da carreira a vitória do título mundial sub-20 de 1991, não tendo estado em Riade1989, ao lado de outros ‘craques’, como Jorge Costa, Luís Figo, Rui Costa ou João Vieira Pinto, entre muitos outros.
Nesse torneio, alinhou em três partidas, uma delas como titular, inscrevendo o seu nome na história do desporto nacional na ‘turma’ orientada por Carlos Queiroz.
Fez parte dessa geração que marcou o futebol português e jogou em vários clubes, depois de não conseguir singrar nos ‘leões’. Passou por Vitória SC, Estoril Praia, Gil Vicente, SC Braga, Farense, Marítimo e Académica, além de outros emblemas como o Atlético CP, o Imortal, o Amora, o Sesimbra e o Alfarim.
Ao todo, somou 61 internacionalizações pelas seleções de formação, tendo sido também ‘vice’ europeu, e assinou acima de 200 jogos como profissional sénior ao longo da carreira.