A ex-procuradora-geral da República Joana Marques Vidal morreu esta terça-feira, aos 68 anos, no Hospital de São João do Porto, onde estava internada há várias semanas em coma.
A informação foi confirmada à Lusa por fonte próxima da família, depois de ter sido avançada pelo Observador.
Joana Marques Vidal era presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho, o órgão máximo de governo e decisão estratégica da academia minhota.
Foi a primeira mulher a liderar a Procuradoria-Geral da República, entre 2012 e 2018, sendo sucedida no cargo por Lucília Gago.
Joana Marques Vidal nasceu em 1955, em Coimbra. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, fez pós-graduação em Proteção de Menores pela Universidade de Coimbra, e em Jornalismo Judiciário pela Universidade Lusófona de Lisboa. Foi procuradora-geral da República (2012-18) e representante do PGR no Ministério Público do Tribunal Constitucional (2018-21).
Entre outros cargos, exerceu como presidente da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, vice-presidente da Associação Portuguesa para o Direito dos Menores e da Família – Crescer Ser, presidente da assembleia-geral do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, diretora-adjunta do Centro de Estudos Judiciários, vogal do Conselho Superior do Ministério Público e foi agraciada com a grã-cruz da Ordem Militar de Cristo pelo Presidente da República.
Participou em comissões legislativas no Direito da Família e dos Menores, destacando-se na que procedeu às alterações da Legislação da Adoção em 2003. Publico diversos artigos publicados e interveio em cursos superiores e conferências sobre temas como infância e juventude, vítimas de crime, violência doméstica, formação de magistrados e Estatuto do Ministério Público, corrupção e criminalidade económico-financeira.