Declarações após o jogo Rio Ave-Vitória SC (0-1), da 32.ª jornada da I Liga de futebol, disputado hoje em Vila do Conde:
– Moreno Teixeira (treinador do Vitória SC): “Acho que estamos de acordo se dissermos que não foi um jogo muito agradável. Não sendo bom de se assistir em termos de qualidade, foi um jogo competitivo e vivo, mas o vento condicionou as duas equipas.
Acho que o Rio Ave está mais adaptado a essa questão, mas não foi um bom jogo. Tinha dito aos meus atletas que teríamos de abordar esta partida como uma final para ganhar, deixando [de lado] a qualidade, que é relevante e ajuda a ganhar. Dentro daquilo que era possível fazer, eles estiveram razoáveis na qualidade, mas satisfizeram-me na entrega.
Na primeira parte, jogámos a favor do vento e fomos tendo mais ocasiões, mas o Rio Ave também somou algumas chegadas. O resumo do jogo é um pouco isto. Fomos eficazes. Se [o resultado] é justo ou não, deixo para vocês. Importava era ganhar este encontro e passar aquela meta dos 48 pontos que já tínhamos traçado. Neste momento, temos 50.
Garantimos o regresso do clube às competições europeias. A equipa festejou o que teria de festejar hoje. Dei mais um dia de folga [aos jogadores], porque as vitórias têm de ser festejadas. Só iremos regressar ao trabalho na quarta-feira, mas, sem lhes dizer nada, os nossos atletas sabem que a partir dali o foco, o rigor e a disciplina vão ter de estar lá de novo, porque ainda faltam duas rondas e não estamos satisfeitos com aquilo que temos.
A responsabilidade deste pequeno sucesso deve-se à qualidade humana que existe no nosso balneário. Não estou com falsas modéstias. Todos contribuíram para isto, mas não há sucesso desportivo sem bons jogadores. Quero que esta alegria seja para todos eles.
Parece que foi ontem que o presidente me chamou à administração da SAD e convidou-me. Passou tudo rápido, num ano de muita aprendizagem. Não há comparação possível ter estado lá como atleta e agora liderar o grupo de trabalho. Tentei ser sempre eu e nunca me deixei ser condicionado por aquilo que falavam a partir de fora. Ouço as opiniões válidas das pessoas fantásticas, competentes e leais que trabalham comigo e agradeço-lhes muito o suporte que me foram dando, porque só eu sei o que passámos”.
– Luís Freire (treinador do Rio Ave): “Na primeira parte, estivemos bastante agressivos na pressão, muito bem com bola e a conseguir encontrar espaços interiores com qualidade. O Vitória de Guimarães teve algumas dificuldades em contrariar o nosso jogo e também atacámos bem a profundidade. A partida esteve equilibrada, mas tivemos mais princípio, meio e fim, jogadas bem desenhadas e algumas chegadas perigosas à área adversária.
Quem marcasse primeiro ia ficar muito confortável. Não era uma partida fácil de disputar naquelas condições. Tivemos uma boa atitude, fizemos o nosso jogo e impusemo-nos.
Na segunda parte, o jogo estava equilibrado quando surgiu o golo. O adversário marcou numa das raras chances que criou, ficou mais confortável e tornou-se muito mais uma equipa de expectativa. Sentimos esse soco no estômago, mas a parte final foi diferente.
Se disse que um ponto [no empate 2-2] com o Marítimo tinha sido muito para aquilo que fizemos, hoje merecíamos outro resultado. Fomos ineficazes. O Vitória de Guimarães fez um golo em duas oportunidades claras, enquanto nós não o fizemos em três ou quatro.
Neste momento, temos vários objetivos. Queremos a melhor classificação possível. Ficar nos 10 primeiros é bom, sendo que estamos a quatro pontos do ‘top 8’ e segue tudo em aberto. Queremos ser o mais competitivos possível num final de temporada desgastante”.