“É inaceitável que os moradores deste bairro se sintam sitiados e tenham perdido toda a tranquilidade e qualidade de vida”, afirmou Paula Nogueira, durante uma visita ao Bairro da antiga Cooperativa Lar Jovem, localizada entre o Bairro da Alegria e o Hospital de Braga.
Constituído por vivendas geminadas, o bairro foi escolhido pelos seus residentes sobretudo pela tranquilidade e qualidade de vida que o local oferecia. No entanto, a construção do Hospital de Braga e da estrada de ligação àquele equipamento foram o primeiro abalo, devido ao barulho e também a uma certa perda de privacidade.
A situação tem vindo, no entanto, a agravar-se com o estacionamento caótico e até irregular de viaturas pertencentes a utentes e funcionários do Hospital de Braga, no interior do próprio bairro, e na rua de acesso à rotunda, pondo em causa a entrada e saída de moradores e até a passagem de ambulâncias.
Foi esta realidade que a cabeça de lista do Bloco de Esquerda à Câmara de Braga testemunhou durante uma visita que efetuou ao bairro, onde algumas moradoras também se queixaram da falta de cuidado e de manutenção dos espaços públicos, como os passeios, as pracetas e o parque infantil, bem como do mato que cresce nos terrenos contíguos e que representa um perigo, nesta altura do ano.
Durante o encontro, as moradoras também se queixaram da “completa indiferença da PSP, chamada várias vezes ao local, pois as pessoas não conseguiam sair de casa para irem trabalhar, e apenas lhes foi dito que mandassem um mail para o comando, porque não podiam fazer nada”.
Ora, na opinião da candidata bloquista, “isto não é resposta que se dê e são já inúmeras as queixas que temos recebido relativamente ao comportamento das forças de segurança, que fecham os olhos ao estacionamento abusivo, aqui e em quase toda a cidade”
Paula Nogueira afirmou compreender a situação de alguns condutores, pois a Câmara de Braga deu terrenos ao Grupo Mello para este construir um estacionamento pago, mas considera que os habitantes daquele bairro, que já perderam muito com a construção do Hospital, não podem continuar cercados no seu próprio território. Por isso, defendeu “o acesso ao bairro residencial deve ser restrito a moradores”, lamentando que a Junta de S. Victor ainda “não tenha defendido esta gente”.