Um morador do centro histórico de Braga protestou, esta segunda-feira, na reunião de Câmara, contra as limitações à entrada de veículos – oito vezes por dia no máximo – nas ruas pedonais.
O residente considerou que o número de acessos “é limitativo” e defende a sua alteração.
A O MINHO, o presidente da Câmara Ricardo Rio disse que os limites visam regular o acesso às zonas pedonais do centro histórico, onde é frequente a circulação, ou o estacionamento de veículos, em zonas, em princípio, destinadas a peões. E frisou que os estudos feitos mostram que, em média, cada morador acede seis vezes por dia, à zona onde habita.
Face às críticas da oposição, PS e PCP, sobre falta de fiscalização da Polícia Municipal e sobre a necessidade de se substituir o sistema mecânico de acesso, Rio frisou que a compra de um outro sistema obrigaria a “um grande investimento”, o que não tem cabimento, de momento.
No final da reunião, Carlos Almeida, vereador comunista, citado pela Rádio Universitária do Minho, considerou que “não faz sentido dizer a um morador do centro histórico que só pode ir oito vezes a casa” sublinhando que se trata de “um direito fundamental” que não devia ter sido posto em causa, através da medida hoje aprovada”. Para Carlos Almeida “um sistema que funciona por chamada telefónica” não controla devidamente os acessos.
O novo sistema camarário determina, ainda, que as cargas e descargas se operem a partir das 3:00, facto que motiva críticas da oposição sobre o “barulho” que tal acarreta, em prejuízo dos moradores.
Na ocasião, o vereador socialista Artur Feio disse que a medida aprovada, sem que o sistema de acesso seja corrigido é “um tiro no pé”.