“Porta Aberta” é o nome da proposta vencedora do concurso de ideias para a criação de um monumento evocativo ao arcebispo D. Diogo de Sousa, a instalar na cidade de Braga, anunciou hoje o município.
Apresentada pelo gabinete de arquitetura “Sequeira Arquitetos”, a proposta pretende realçar a “porta visionária” de Diogo de Sousa, que “abriu Braga ao mundo”.
“Diogo de Sousa, ao passar por Braga, engrandeceu esta cidade. Esta porta representa toda a sua visão estratégica que, através da sua passagem por Braga, deixou obras impactantes de extrema importância, que ainda hoje marcam o ADN desta ilustre cidade”, lê-se na memória descritiva do projeto, lembrando que a porta “simboliza a diferença que cada um pode fazer ao passar num determinado local”.
Após a análise dos trabalhos, o júri do concurso atribuiu ainda duas menções honrosas às propostas apresentadas pelos arquitetos Nuno Alexandre Galamba Caeiro Martins e Ângelo Manuel Morgado Ribeiro.
O monumento será instalado no Campo da Vinha, no cruzamento entre a Rua dos Capelistas e a Rua Dr. Justino Cruz.
“Com este monumento, o município pretende evocar a figura mais importante do urbanismo bracarense de todos os tempos”, sublinha o comunicado.
O regulamento prevê a atribuição de 4 mil euros ao vencedor do concurso e mil euros para cada menção honrosa.
Diogo de Sousa foi “arcebispo e senhor” de Braga durante 27 anos, entre 1505 e 1532.
Antes, tinha sido bispo do Porto.
Na proposta que serviu de base ao lançamento do concurso de ideias, lê-se que Diogo de Sousa foi considerado “o novo fundador” de Braga, pela sua atividade pastoral, cultural, humanismo cívico e veia urbanística.
“No seu desejo de rejuvenescer e engrandecer a cidade de Braga e de a transformar numa pequena Roma, D. Diogo de Sousa comprou casas, quintais, campos e vinhas e deu início à grande transformação da cidade, abrindo e alargando praças e ruas, dentro e fora das muralhas”, acrescenta.