O primeiro-ministro, Luís Montenegro, recusou hoje o papel do chefe do Governo que exibe o aumento do investimento na área da defesa “como um número”, defendendo que este reforço tem de refletir criação de valor para o país.
“Não quero e não vou ser o primeiro-ministro que exibe o aumento da despesa do país na área da defesa como um número. Isso é muito pouco ou, como se diz na gíria política portuguesa, é ‘poucochinho’”, afirmou Luís Montenegro.
Para o primeiro-ministro, o investimento nesta área “tem de significar” mais atividade nas indústrias da defesa, maior criação de riqueza, capacidade de gerar emprego e valor acrescentado.
Montenegro, que encerrava, juntamente com o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, o Fórum Económico Luso-Francês, no Palácio da Bolsa, no Porto, defendeu ainda que a Europa tem de investir na área da defesa “de forma articulada e coordenada”.
“Não estou a dizer que de um dia para o outro vamos ter um exército único, uma política estritamente única nos 27 estados da União Europeia”, assinalou o chefe do executivo português, dizendo não fazer sentido que os países europeus façam os mesmos investimentos.