O presidente do PSD, Luís Montenegro, acusou esta sexta-feira o Governo de só agora ter acordado para o problema da seca, frisando que ao longo dos últimos anos “já era expectável” que atingisse uma dimensão extrema.
“Infelizmente, foi preciso chegarmos a um ano de seca extrema e severa para haver uma consciencialização maior [para o problema da seca], nomeadamente do Governo, que parece que, sete anos depois, acordou para este tema”, afirmou o líder ‘laranja’, em Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo (Évora).
Para Montenegro, em relação à seca, “parece sobretudo que o Governo não tomou as medidas [necessárias], ao longo dos últimos anos, quando já era expectável que o assunto pudesse vir a ganhar esta dimensão”.
“Nós temos um governo que é sempre muito relapso, quer dizer, age sempre de forma reativa e não de forma proativa”, completou.
O líder nacional do PSD falava aos jornalistas sobre a situação de seca que o país atravessa, nomeadamente a região do Alentejo, no dia em que vai decorrer, em Castelo Branco, uma reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca.
Esse encontro vai ser presidido pelos ministros do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes.
No último dia do seu périplo de uma semana pelo distrito de Évora, no âmbito do programa “Sentir Portugal”, o presidente do PSD anunciou também que o partido entregou na Assembleia da República um projeto de resolução “com várias recomendações de medidas” para que o país tenha ”um Plano Nacional de Regadio verdadeiramente eficiente”.