O presidente do PSD, Luís Montenegro, acusou hoje o primeiro-ministro de fazer “um jogo de oportunismo e de teatro político” em nome da sua sobrevivência, considerando que “isto não é ter coragem”, mas esconder a fraqueza.
Montenegro falava em conferência de imprensa na sede nacional do PSD, um dia depois do anúncio do primeiro-ministro, António Costa, de que não aceita o pedido de demissão de João Galamba do cargo de ministro das Infraestruturas, posição que já mereceu a discordância por parte do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa nota oficial.
“Portugal não precisa desta ligeireza, desta leviandade, desta falta de princípios. Para este primeiro-ministro tudo é um jogo. Um jogo de oportunismo. Um jogo de teatro político. Um jogo de sobrevivência. O jogo único da sua sobrevivência que ele joga com prazer egoístico mas em prejuízo dos Portugueses, desde o primeiro dia”, acusou.
Para Luís Montenegro, António Costa “não teve um problema de consciência”, justificação apresentada pelo primeiro-ministro para não aceitar a demissão de João Galamba.
“O primeiro-ministro teve consciência de mais um problema em que o seu Governo se meteu. E pensou, mais uma vez, na sua sobrevivência e na sua campanha eleitoral. Isto não é ter coragem. Isto é esconder a fraqueza”, acusou.
Para o presidente do PSD, “o PS e o primeiro-ministro andam entretidos em guerras partidárias caseiras, transportaram-nas para o Governo e para as empresas públicas, e não têm nem tempo, nem disposição para governar o país”
“Sem nenhum programa, sem nenhuma motivação, o primeiro-ministro refugia-se numa guerra de palácios e quer dissolver a sua falta de liderança, de autoridade democrática e de credibilidade institucional numa corrida sôfrega a eleições antecipadas”, criticou.