Montenegro acredita nas 4 medalhas mas recusa pressionar atletas “mesmo os mais experientes, como Fernando Pimenta”

Primeiro-ministro presente nos Jogos Olímpicos
Montenegro com Vítor Félix, presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, e com o chanceler alemão e a presidente da Federação Alemã de Canoagem. Foto: Vítor Félix

O primeiro-ministro manifestou-se hoje convicto de que é possível Portugal atingir o objetivo de quatro medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris, “ou até superá-las”, mas rejeitou pressionar os atletas, a quem assegurou dar “os meios necessários”.

“O meu desejo é que ainda possamos superar as quatro [medalhas] mas isso é o desejo de qualquer português. Acho que não temos que colocar mais pressão em cima daquela, que já é muita, com a qual os atletas, mesmo os mais experientes, como é o caso de Fernando Pimenta, estão habituados a lidar”, considerou Luís Montenegro, em Paris, França, depois de ter sido interrogado sobre o objetivo traçado pelo Comité Olímpico de Portugal (COP).

O chefe do executivo falava aos jornalistas momentos depois de ter assistido à prova dos canoístas portugueses João Ribeiro e Messias Baptista que foram hoje sextos classificados na final da prova de K2 500 metros dos Jogos Olímpicos Paris2024.

O primeiro-ministro considerou que o sexto lugar dos dois atletas portugueses foi “histórico”, mesmo sem medalha olímpica.

“Eles trabalharam, sacrificaram-se para serem bons, para serem os melhores, para estarem no topo e é esse espírito que temos que espalhar por tudo aquilo que é o nosso potencial, seja neste caso no desporto mas isto vale também para economia, serviços públicos, cultura para todas as áreas de atividade onde temos que superar os obstáculos, dificuldades e fazer melhor que os outros”, defendeu.

Luís Montenegro reiterou o “reconhecimento e gratidão” do Governo pelo esforço dos atletas portugueses e assegurou que o executivo cá estará “nos próximos anos para tentar dar os meios necessários para desenvolver este potencial”.

“Porque a partir de determinado nível quando se chega à alta competição o potencial por si só do atleta já não é suficiente, são precisas condições de treino, de acompanhamento, (…) Isto como se viu agora decide-se em detalhes e os detalhes tratam-se com muito esforço. Como se costuma dizer a sorte dá muito trabalho”, realçou.

Montenegro assegurou que o desporto “é uma politica pública que este governo privilegia” e salientou os benefícios físicos e mentais da prática desportiva.

Enquanto falava aos jornalistas, o chefe do executivo usava o polo oficial da seleção olímpica portuguesa, que homenageia os bordados minhotos, algo que confessou ser propositado.

“Vim propositadamente vestido com o equipamento oficial para dizer que estou aqui de corpo e alma, vestindo a camisola com os atletas”, afirmou.

 
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