A Comissão Política de secção do PSD de Montalegre reafirmou, hoje, a sua oposição à exploração mineira no concelho “seja qual for o tipo de mina e de minério”.
Ao O MINHO, o seu presidente, José de Moura Rodrigues explicou que a secção rejeita “a afirmação crescente do discurso das “contrapartidas justas” e da “mineração verde” ou “responsável” nas estruturas e eleitos do Partido a nível regional e nacional: “ O PSD Montalegre não está disponível a negociar contrapartidas e a nossa posição não depende do valor do cheque que nos quiserem passar. Somos contra, ponto final”, garante.
O social-democrata saúda a votação massiva em branco dos militantes nas eleições que tiveram lugar hoje na secção para os vários órgãos da Distrital do PSD de Vila Real, em que se registaram 65 votos em branco (89,04%), na escolha da Mesa da Assembleia Distrital. Houve, ainda, dois votos nulos (2,74%), e seis a favor da lista liderada por Fernando Queiroga (8,22%).
O ato permitiu, ainda, a eleição do deputado e ex-presidente da Câmara de Valpaços, Amílcar Almeida.
Sentido de voto decidido em plenário
O voto em branco, esclareceu o líder local, foi decidido há dias em plenário dos militantes montalegrenses, precisamente como forma de protesto contra a exploração mineira.
José Moura Rodrigues acentua que o PSD local “não acredita na narrativa da “mineração verde” ou “responsável”, que elimina os impactos das minas. Quem nos quiser convencer do contrário pode começar por resolver o passivo ambiental da Mina da Borralha, encerrada em 1986, que de acordo com um estudo do LNEG, pode representar riscos cancerígenos para a saúde humana”.
E diz, ainda: “Ao contrário dos nossos adversários do PS de Montalegre, a nossa oposição à exploração mineira está bem definida há muito tempo: não somos contra uma mina (lítio em Morgade) e a favor de outra (volfrâmio na Borralha); não seríamos a favor da mina de Morgade se a refinaria ficasse no nosso concelho; e não mudamos de posição por ser o nosso partido que está no governo em Lisboa”.
A concluir, e dirigindo-se a todos os barrosões, garante: “vamos continuar firmes na defesa da nossa terra e da classificação como Património Agrícola Mundial. Estamos a preparar as autárquicas de 2025 e contamos com o vosso apoio. Viva Barroso!”