A primeiro-sargento do Regimento de Cavalaria número 6 (RC6) de Braga, Maria Campino, viu a Câmara de Monção aprovar por unanimidade um voto de louvor à militar pelos riscos corridos durante a missão que efetuou na República Centro-Africana (RCA).
Maria Campino, de 33 anos, integrou o grupo de 180 militares na 5.ª força nacional do Exército destacada na RCA, regressando recentemente à freguesia de Lara, em Monção, de onde é natural, depois de uma missão de seis meses a conduzir um blindado em África.
Citado pela Rádio Vale do Minho, o (ainda) presidente da Câmara de Monção, o social-democrata (eleito deputado à AR) António Barbosa, aponta “uma mulher monçanense” que cumpriu “um feito inédito”.
“Para nós, monçanenses, este feito inédito é revelador de valentia e bravura, demonstrando um acentuado sentimento de patriotismo e um orgulho desmedido nos valores de humanismo, altruísmo e voluntarismo, os quais caraterizam a presença portuguesa em operações no estrangeiro”, disse.
“Maria Campino abriu as portas a outras mulheres para seguirem o seu exemplo, transformando-se na precursora de uma tarefa apenas reservada aos militares do sexo masculino”, acrescentou António Barbosa.
O autarca refere que a militar evidencia “a capacidade, tenacidade e profissionalismo que as monçanenses, de ontem, hoje e amanhã, colocam na concretização das suas tarefas, na defesa dos seus ideais, na valorização dos seus valores”.
Existem 15 grupos armados na RCA, combatidos pelas forças contratadas pela ONU, onde se incluem as forças armadas portuguesas.
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