As missas em Vila Verde não vão ter acólitos, sacristão, peditórios e o uso de máscara será obrigatório para todos, anunciou hoje aquele arciprestado, após reunião com todos os sacerdotes. Pedem ainda que “ninguém se zangue”.
A iniciativa cria regras que podem alinhar-se com as orientações oficiais da Arquidiocese de Braga, mas enquanto as mesmas não são divulgadas, os padres vila-verdenses anteciparam-se com algumas medidas.
O documento divulgado durante a tarde desta sexta-feira pelo arcipreste Carlos Lopes, a que O MINHO teve acesso, é possível ler-se um pedido inicial a todos os fiéis que se sintam doentes, para que não participem na eucaristia. Os padres disponibilizam-se para encontrar uma alternativa para essas pessoas.
A celebração
Uma equipa de acolhimento ajudará as pessoas a orientarem-se na igreja, onde será obrigatório o uso da máscara, apenas retirável na altura da comunhão. É também obrigatória a desinfeção das mãos no início e no final da missa.
Durante a missa, devem ocupar o lugar indicado pela equipa de orientação, com cada lugar a ser separado por 4 metros quadrados. Cada agregado familiar pode ocupar um espaço comum. Os fiéis devem sentar-se o mais distante possível do altar, a partir da porta de entrada.
Na comunhão, devem ser guardados dois metros de distância entre pessoas, com a hóstia a ser entregue na mão sem necessidade do fiel a responder “Amen” ao padre.
As esmolas devem ser dadas apenas no final da missa, num cesto que estará junto à porta, pois não haverá ofertório. Pedem também para que não se socialize no adro da igreja, algo habitual por entre a comunidade católica.
Os ministros
Uma das novidades será a dispensa de acólitos e do sacristão, com os padres a realizarem toda a preparação para (e durante) a missa. O sacristão poderá tocar o sino, abrir e fechar a igreja e acender e apagar as luzes.
Os ministros da comunhão devem desinfetar as mãos no início e no final e sempre que tocarem nas mãos de um fiel.
Os elementos do grupo coral não devem partilhar folhas ou livros e guardar distância mínima recomendada pela Direção-Geral da Saúde.
Cada celebração terá apenas um leitor.
Os padres
Os padres podem celebrar a eucaristia sem máscara, com excepção da comunhão, mas têm de ser os próprios a preparar os itens na sacristia e levá-los para o altar. As zeladoras só podem pegar nos panos utilizados pelo padre seis dias da eucaristia.
No fim da missa, sair da igreja por ordem, a começar pelos lugares mais próximos da saída. É proibida a distribuição de quaisquer boletins paroquiais ou afins e todos devem desinfetar as mãos.
Algumas destas regras fazem parte de um documento revelado pela Conferência Episcopal Portuguesa com orientações para as dioceses. O regresso das missas está previsto para o último fim de semana de maio.