A Santa Casa da Misericórdia de Barcelos assinalou ontem o seu 525 aniversário, com presença de membros do governo e do provedor Nuno Reis, que garantiu que a instituição está com “vontade de abraçar o futuro”.
Nuno Reis salientou que a SCMB é “uma Casa de voluntários generosos e de profissionais dedicados e competentes”, onde “não raras vezes, os recursos foram e são escassos para as necessidades, mas onde nos momentos mais difíceis a Fé prevalece e o engenho se aguça”.
O dirigente destacou números e enumerou obras e projetos considerados “significativos para a resposta à comunidade”, como a Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) de Santo António; a renovação da acreditação da UCCI pela Direção-Geral da Saúde; a alteração e ampliação do Centro Social de Silveiros; a recente aprovação de uma candidatura, no caso ao Portugal 2030, na área da Formação; a reabilitação da Casa de Santa Maria para alojamento de estudantes deslocados e carenciados, a custos acessíveis.
E, celebrar 525 anos, é também estar preparado e capacitado para “abraçar o futuro”, disse Nuno Reis.
“Importa sermos capazes de nos adaptar, reinventar, para que o peso do tempo não seja superior à vontade de servir o próximo. Ter a capacidade de refletir, planear, desenvolver, concluir. Explorar novas ideias e campos com vista a melhor cumprir as Obras de Misericórdia. Saber de que forma mais adequada se pode conjugar o passado com o presente. Na prática, com a ajuda de Deus, termos a capacidade de abraçar o futuro”, concluiu Nuno Reis.
A cerimónia contou com a presença da secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Clara Marques Mendes, que disse ter todo o “gosto em estar aqui convosco, em felicitar a Santa Casa e todos quantos nela trabalham”.
“É para mostrar o compromisso com as instituições do setor social, o reconhecimento e dizer que estamos disponíveis. E não só dizer que estamos disponíveis, queremos mesmo trabalhar com todos e ajudar no dia-a-dia, que sabemos que é difícil”, disse a governante.
Na cerimónia religiosa, o arcebispo de Braga, José Cordeiro, havia lembrado que “estas [Santas] Casas nasceram para que possam ser uma resposta local e regional para quem precisa”.
“Não se responde a tudo, que não conseguimos, mas na cooperação com o Estado e com a família, os vizinhos, os benfeitores, é possível responder ao maior número de pessoas que precisam, devido a tantas realidades”, vincou José Cordeiro.
Neste dia festivo, a SCMB reconheceu ainda 25 colaboradores que completam, este ano, 15, 20, 25, 35 e 40 anos de serviço, prestando-lhes homenagem pelo seu “percurso profissional, serviços prestados e dedicação à Instituição”.