Miranda Sarmento acredita que PSD está “unido na liderança” de Montenegro

Depois da rejeição da moção de confiança
Foto: Lusa

O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse hoje que acredita que o PSD “está unido na liderança de Luís Montenegro”, depois da rejeição da moção de confiança que levou à queda do Governo.

“Creio que o PSD está unido na liderança de Luís Montenegro, que será o candidato a primeiro-ministro”, afirmou o governante, à margem da conferência Fórum da Banca, que se realiza hoje em Lisboa.

Joaquim Miranda Sarmento garantiu que o executivo “vai fazer o que normalmente um Governo em gestão faz”, ao “tomar as decisões correntes” e deixar preparados os processos para “as decisões mais estratégicas serem tomadas pelo próximo Governo”.

O ministro acrescentou que vai agora continuar como ministro das Finanças do Governo em gestão, “ajudar a AD a ganhar as eleições” e que, “depois, o primeiro-ministro tomará as decisões” sobre uma potencial nomeação no próximo executivo.

Questionado pelos jornalistas, Miranda Sarmento rejeitou ainda que esta crise política possa pôr em risco a economia nacional.

A crise política foi desencadeada há cerca de um mês após notícias sobre uma empresa familiar que pertenceu ao primeiro-ministro, a Spinumviva, levando à apresentação de duas moções de censura do Chega e PCP, ambas chumbadas.

Face às dúvidas que os partidos continuaram a manifestar, o primeiro-ministro anunciou a apresentação de uma moção de confiança, rejeitada na terça-feira, que provocou a queda do Governo.

As dúvidas sobre antiga empresa de Luís Montenegro, que antes de ir para o Governo passou à sua mulher e mais recentemente aos seus filhos, levou o PS a apresentar uma comissão parlamentar de inquérito para produzir resultados num prazo de 90 dias.

No debate em plenário, o Governo admitiu retirar a moção de confiança caso o PS reduzisse o tempo do inquérito para 15 dias, mas o PS rejeitou.

Após uma interrupção dos trabalhos durante meia hora, o PSD fez saber que propôs ao PS que o inquérito durasse até final do mês de maio, ou seja, cerca de dois meses, proposta que também foi rejeitada pelo PS. O requerimento do PS para uma comissão de inquérito propõe um prazo de até 90 dias.

 
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