O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, defendeu hoje querer que a CP – Comboios de Portugal continue a ser uma empresa pública, mas que “não ocupe 100% do espaço disponível” na ferrovia portuguesa.
“Defendo uma CP pública, mas não defendo uma CP a ocupar 100% do espaço disponível”, afirmou o governante, no parlamento.
“É essa CP pública, repito, pública, que eu quero capacitar, que eu quero modernizar, que eu quero que seja capaz de também competir com a Renfe em Espanha, com orgulho do que a CP faz, mas com ambição”, acrescentou o governante.
Miguel Pinto Luz foi chamado ao parlamento por interpelação do Livre, no âmbito do Passe Ferroviário Nacional e do investimento na ferrovia em Portugal.
Na sua intervenção inicial, o governante anunciou que o Governo autorizou a despesa para que a CP – Comboios de Portugal possa ser certificada para operar em Espanha, inserida numa estratégia de internacionalização.
Questionado sobre a compra de material circulante para a CP, Miguel Pinto Luz apontou que não tem o plano de negócios da CP, remetendo as respostas para quando a empresa lho ceder e garantiu que, quando este estiver concluído, será público.
“Precisamos dos comboios. Fazer uma linha de alta velocidade e depois não termos os comboios não faz qualquer sentido”, sublinhou o governante, que destacou ainda a importância face às operações de internacionalização na Corunha.
“Nós temos os estudos, as projeções de procura da CP. Estamos conscientes daquilo que estamos a fazer”, assegurou, acrescentando que as decisões do Governo não são tomadas “sem contas”.