O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, proporcionou um momento caricato à entrada para uma conferência do PS realizada em Fafe, cumprimentando polícias que lá se encontravam em protesto contra o Governo e, especificamente, contra o gabinete da Administração Interna, que é quem tutela as polícias.
Acompanhado de outros autarcas PS do distrito de Braga, como é o caso de Antero Barbosa (Fafe) ou Victor Hugo Salgado (Vizela), o ministro que perdeu a corrida à secretaria-geral do PS para Pedro Nuno Santos estava a entrar no Salão Nobre do Arquivo Municipal quando foi surpreendido por um grupo de militares e agentes da PSP com apitos e cartões vermelhos.
Nesse instante, o ministro acabou por dirigir-se ao grupo e cumprimentou alguns dos elementos, desejando “boa noite”, sem qualquer outro tipo de conversa. Os militares e agentes encontravam-se com apitos que foram usados para protestar, bem como uma tarja onde apontavam a proximidade entre um salário de um GNR e o salário mínimo nacional. Nos cartões vermelhos estava a data das próximas eleições legislativas: uma analogia ao futebol para ‘expulsar’ o Governo.
Dentro do Salão Nobre do Arquivo Municipal, e enquanto os protestos continuavam na rua, foi a vez do debate sobre a diáspora, com o ministro, que hoje esteve presente neste evento como candidato a deputado pela lista de Braga, a qual encabeça, a ter uma intervenção a par de Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República e também candidato pelo PS no Círculo de Fora da Europa. No evento marcou também presença a vereadora da Cultura, Paula Ramos, e o deputado fafense Pompeu Martins.
Os agentes da PSP, militares da GNR e guardas-prisionais estão em protesto há várias semanas por causa da não atribuição de um subsídio de risco similar aos que recebem os inspetores da Polícia Judiciária. Esta ação já levou a que agentes tenham deixado esquadras quase vazias, como aconteceu ontem em Famalicão que necessitou de reforços vindos de Guimarães após várias baixas por doença, ou como na esquadra da PSP de Braga, onde agentes tentaram entregar as armas, em vão, acabando também por pedir escusa alegando doença.
Com Ivo Borges.
