Cerca de 30 ex-trabalhadores dos estaleiros de Viana do Castelo que em 2017 deixam de ter subsídio de desemprego abordaram hoje o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social que garantiu recebê-los em audiência para analisar a questão.
Aquele grupo de antigos funcionários dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) concentrou-se, hoje, junto ao auditório Lima de Carvalho, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, onde Vieira da Silva participou em uma sessão promovida pela Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC), sobre emprego qualificado.
Porta-voz dos ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), António Ribeiro disse que o governante afirmou “estar inteirado” da situação e encaminhou-os para um assessor do seu gabinete para, na próxima semana, seja “encontrada uma data para a realização de uma reunião, em Lisboa”.
“O senhor ministro disse-nos que hoje tinha a agenda cheia e que o nosso caso não era para ser discutido em dois minutos. Disse que o assunto exige uma reunião alargada para que devidamente analisado. Ficamos de ligar ao assessor do senhor ministro na próxima terça-feira para marcamos uma data”, afirmou.
Em causa estão “cerca de uma centena de ex-trabalhadores que no próximo ano ainda não reúnem condições para pedir a pré-reforma e que vão ficar sem subsídio de desemprego”. Outros “300 ex-trabalhadores poderão passar à reforma mas com penalizações”.
Em 2014, quando os estaleiros foram subconcessionados à Martifer estavam ao serviço 609 trabalhadores. O plano de rescisões amigáveis a que os trabalhadores foram convidados a aderir custou ao Estado 30,1 milhões de euros.
A comissão representativa dos ex-trabalhadores foi criada no início de setembro para discutir o seu futuro com forças políticas e agentes do poder e já se reuniu com o PCP, com o Bloco de Esquerda, com o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), com o presidente da Câmara de Viana do Castelo e com a comissão parlamentar do Trabalho e Segurança Social.
Continua a aguardar por resposta aos pedidos de reunião enviados ao PS, PSD e CDS.
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