Ministro diz que o “grande polígono industrial nacional” está no Minho e que 2023 será ano de investir

Eixo Braga-Guimarães-Barcelos-Famalicão
Ministro diz que o "grande polígono industrial nacional" está no minho e que 2023 será ano de investir
AMOB

O Ministro da Economia anunciou hoje, numa entrevista, que a política industrial nacional em 2023 irá ter como foco o polo industrial de Braga-Guimarães-Barcelos-Famalicão, o qual apelidou de “grande polígono industrial” do país.

António Costa e Silva sublinhou ao jornal Público que a maior parte da produção industrial do país está localizada nesta região e que a sua visão é clara: explorar todos os projetos identificados nesta área para lhe dar capacidade de exportação. O ministro também afirmou que irá trabalhar com os empresários destes concelhos para discutir e ver as agendas em execução, de forma a dimensionar a área e aumentar a capacidade de exportação.

2023 será também ano de focar na mobilidade elétrica, garantiu, dando como exemplo a conversão do setor automóvel para a mobilidade elétrica, na indústria dos componentes. A Stellantis vai construir um carro eléctrico em Viseu. Estamos a falar com a Volkswagen, estamos em conversações avançadas e, portanto, espero que também fique sediada no país a fabricação dos carros elétricos”, assumiu.

Avançou ainda que há um investidor internacional que quer produzir baterias em Portugal, mas para isso será necessário ter toda a cadeia, desde a extração do lítio, refinaria, construção de bateria e economia circular. Deixou ainda a garantia que em 2023 será a consolidação do projeto de Sines e do hidrogénio.

Offshore eólico em Viana

Costa e Silva falou também dos 10 GW de energia eólica offshore que continuam por ligar, garantindo que têm dado entrada “muitas propostas de grandes empresas internacionais para desenvolver a nossa energia eólica offshore”.

“Com o mar podemos ter um desenvolvimento mais acelerado. O plano já está em consulta pública, já se selecionaram algumas áreas – Viana do Castelo, Aveiro, Figueira da Foz, Sines, Sagres”.

O governante sublinha que a “potência do vento no offshore é muito significativa, mais ou menos estável” e que “Portugal pode capitalizar uma coisa vital em termos de vantagens competitivas para o futuro, que é energia mais barata, porque a energia eólica e solar é competitiva”.

Adiantou ainda que “muito provavelmente, no futuro vamos ter algumas ilhas flutuantes ao longo da nossa costa, feitas com material reciclado”.

 
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