O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho disse, esta quarta-feira, que o ministro da Saúde vai deslocar-se, em agosto, ao distrito de Viana do Castelo para conhecer ‘in loco’ os “problemas” dos hospitais da região.
“O senhor ministro ouviu atentamente as dificuldades que estão identificadas não só no que diz respeito ao modelo de financiamento da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) como relativamente a intervenções que urge realizar, nomeadamente, no serviço de urgência”, afirmou José Maria Costa no final de uma reunião realizada esta quarta, no ministério da Saúde.
A reunião foi solicitada pelo presidente da CIM do Alto Minho por considerar que os hospitais da região estão a trabalhar numa situação “limite”.
“Começa a ser algo insustentável porque, no fundo, são os cuidados de saúde que estão em causa, apesar do extraordinário trabalho que tem sido desenvolvido pelas equipas médicas e de enfermagem. Temos vindo a ser prejudicados ao longo dos anos, não modernizando equipamentos e não tendo recursos humanos o que coloca esta área de intervenção no limite”, afirmou em junho passado.
Esta quarta, o socialista, que é presidente da Câmara de Viana do Castelo, adiantou que o ministro da Saúde “comprometeu-se a estudar o assunto e ficou de visitar Viana do Castelo até final do mês de agosto para fazer uma avaliação, ?in loco’ das situações de que foi informado“.
A ULSAM integra os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, Conde de Bertiandos em Ponte de Lima, 13 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença e serve uma população residente superior a 250 mil pessoas.
Segundo José Maria Costa, além do ministro da Saúde participaram na reunião o secretário de Estado da Saúde, a presidente da Administração Central dos Sistemas de Saúde, o presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) e o presidente do conselho de administração da ULSAM.
“Foi uma reunião muito construtiva, muito positiva e com espírito de abertura e diálogo muito grande. O senhor ministro deu uma atenção muito grande aos problemas que lhe foram colocados e agora vai estudar uma forma de os resolver dentro dos constrangimentos orçamentais e do mapeamento das candidaturas já aprovadas pelos fundos comunitários”, explicou.
“Tem muito pouca margem de manobra mas vai avaliar e vai ver no terreno o que se pode fazer. Venho muito satisfeito com a reunião”, sustentou.
Anteriormente, José Maria Costa defendeu a “alteração urgente” do modelo de financiamento da ULSAM que atribui à região a capitação mais baixa de todo o país e que coloca àquela empresa “muitas dificuldades na gestão de recursos humanos e de realização investimentos prioritários”.
“Não podemos aceitar que o Alto Minho tenha menos financiamento, por utente, do que têm outras regiões do país. Estamos numa zona de grandes dificuldades e de grande dispersão urbana. É importante que o hospital de Viana do Castelo, o hospital de Ponte de Lima e os centros de saúde tenham as condições para poder operar”, disse.
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