Ministro da Administração Interna disponível para ser ouvido em comissão de inquérito

José Luís Carneiro. Foto: Lusa

O ministro da Administração Interna mostrou-se hoje disponível para ser ouvido na comissão de inquérito à TAP, salientando que, “mais do que estar disponível”, está obrigado, na sequência do pedido feito pelo partido Chega.

“Mais do que estar disponível, é uma obrigação. Porque a comissão de inquérito tem poderes de requisição de qualquer responsável da administração para prestar esclarecimentos”, disse José Luís Carneiro aos jornalistas em Portimão, à margem da apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2023.

O ministro reiterou no Algarve aquilo que já havia dito aos jornalistas durante a manhã, em Setúbal, confirmando que recebeu um telefonema do ministro das Infraestruturas em 26 de abril, tendo depois colocado João Galamba em contacto com o diretor nacional da PSP.

Explicou ainda que o que foi feito a partir daí está nos autos e no Ministério Público.

“Aquilo que eu direi na comissão de inquérito é aquilo que eu estou a dizer aqui. Não há qualquer outro facto que eu possa dar à comissão de inquérito que não tenha dado aqui hoje”, sublinhou, em declarações aos jornalistas ao início da tarde, em Portimão.

Na quinta-feira, numa audição na comissão de inquérito à TAP, João Galamba revelou que no dia 26 de abril ligou ao ministro da Administração Interna e pediu para falar “com muita urgência com a PSP” sobre as “agressões e roubo de um computador” no Ministério das Infraestruturas que lhe foram relatadas.

O caso está relacionado com a exoneração de Frederico Pinheiro, nessa mesma noite, e envolvem denúncias contra o ex-adjunto por violência física no Ministério das Infraestruturas e alegado furto de um computador portátil, caso que está a ser investigado pelo Ministério Público.

 
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