O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, esteve presente, sábado, na apresentação pública da recandidatura de Júlia Fernandes (PSD) à Câmara de Vila Verde.
Em comunicado, a candidatura social-democrata diz que Miguel Pinto Luz se confessou “esmagado” pela “ousadia de um comício político encher de gente e entusiasmo o espaço aberto” da Praça de Santo António.
A primeira mulher eleita presidente de Câmara no distrito de Braga elencou a obra feita e os investimentos de “quatro anos extraordinariamente intensos” – “sempre com as pessoas em primeiro lugar” –, mas está “determinada a ir muito mais além”.
Para isso, espera que o governo de Luís Montenegro concretize o compromisso de acabar com a burocracia, que tem atrasado a conclusão da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) e o início de obras estruturas como o Eixo Norte-Sul e a ligação e Prado ao Parque Industrial de Oleiros. Acrescem ainda o Parque da Vila – na área envolvente da Adega Cultural –, as novas ecovias e trilhos.

“Os projetos estão concluídos. Temos tudo pronto para arrancar com as obras exclusivamente pagas pelo Município, mas ficamos anos há espera de pareceres de entidades do Estado”, lamentou a autarca, citada no comunicado.
Elogiado por ter “cumprido com Vila Verde”, ao lançar o concurso do estudo prévio para a variante à EN101, o ministro comprometeu-se ainda com maior atenção a Vila Verde, como continuar a reabilitação da EN201 e aplicar “critérios de justiça territorial na A3”.
Júlia Fernandes defende um concelho “cada vez mais justo e inclusivo, mais competitivo e desenvolvido”. “É um compromisso que assumo com todos os vila-verdenses. A minha determinação é para dar o máximo e o melhor, em cada momento, para construir soluções que assegurem melhor qualidade de vida para todas e para todos os Vilaverdenses”, afirmou a candidata do PSD.

A criação de núcleos habitacionais é uma das novas propostas para a juventude. O objetivo é disponibilizar lotes a custos controlados para os jovens poderem construir a sua própria habitação.
Júlia Fernandes anunciou ainda a criação de uma bolsa para apoiar diretamente os jovens na entrada no ensino superior, no primeiro ano de universidade, independentemente do seu estrato social. Propõe também reforçar a Bolsa de Apoio atualmente em vigor para os estudantes universitários.
“Falo especialmente para os jovens. Não deixem ninguém dizer que não vale a pena acreditar, ou que Portugal não tem futuro. Tem futuro, sim. E começa em lugares como Vila Verde”, assegurou a candidata do PSD.
A par do investimento na juventude, Júlia Fernandes avançou que vai “ampliar o ‘Vale Mais Nascer Vilaverdense’, um projeto de grande alcance e que se tem revelado um enorme sucesso”.
Júlia Fernandes elencou ter investido perto de 6 milhões de euros no reforço da rede e na estação de tratamento da água e que há 11 milhões de euros em obras que vão arrancar em breve para alargamento e qualificação da rede de água nas bacias do Homem, Neiva e Vade.

No saneamento, salienta terem sido investidos 7 milhões de euros no alargamento da rede, estando ainda em vias de execução mais 3,5 milhões de euros.
Na rede viária, o investimento global é de cerca de 10 milhões de euros. “Requalificámos vais municipais e acessos fundamentais nos interiores das nossas freguesias, quer através de concursos públicos, quer com as nossas equipas municipais – que todos os dias estão no terreno a requalificar e a melhorar as condições de mobilidade no nosso concelho”, apontou a presidente da Câmara.
A autarca reafirmou que vai continuar a “apostar fortemente na educação, na saúde, na cultura, no desporto e lazer”, reservando um lugar especial para o apoio às pequenas e médias empresas e aos parques empresariais, designadamente para a expansão em Oleiros, Ribeira do Neiva e Coucieiro.
Por fim, a social-democrata fez ainda questão de abordar o problema do serviço de recolha dos resíduos sólidos urbanos, dizendo que se está numa fase de adaptação da nova empresa e das suas equipas às rotas, ao território e às especificidades do serviço no concelho.
Essa situação, admite, provocou “dificuldades que são normais num período de transição de um serviço público desta envergadura”. “Estamos a trabalhar de forma permanente no acompanhamento e monitorização do serviço”, referiu Júlia Fernandes, aproveitando para agradecer “a compreensão e a colaboração dos munícipes e das Juntas de Freguesia neste processo, na certeza de que serão feitos todos os esforços para assegurar o serviço adequado”.