O ministro do Ensino Superior quer que os estudantes sírios já em Portugal ajudem o Governo como “embaixadores” na integração dos refugiados que António Costa prometeu à chanceler alemã ingressar no Ensino Superior português.
Manuel Heitor, em declarações aos jornalistas, depois de um almoço com jovens sírios que estão a estudar na Universidade do Minho, alguns ao abrigo do programa do ex-presidente da República Jorge Sampaio que possibilita a universitários sírios concluírem a sua formação superior em Portugal, explicou que a vinda de refugiados para o Ensino Superior português é um processo lento que tem que ser orientado por “sérios valores éticos”.
No início do mês de fevereiro, o primeiro-ministro, António Costa ofereceu à chanceler alemã Angela Merkel, apoio na integração de refugiados, nomeadamente para receber estudantes.
É exatamente nesse contexto [de preparação da vinda de estudantes refugiados para Portugal] eu estamos aqui e lhes propusemos que eles próprios [estudantes da Síria já em Portugal] sirvam de embaixadores para integração de mais jovens em condições de refúgio”, explicou Manuel Heitor.
Segundo o titular da pasta do Ensino Superior, a vinda daqueles estudantes é um “processo muito complexo” devido à condição excecional que vivem.
“Estamos a tratar com pessoas que tem que ser tratadas com valores éticos, não é uma mera questão de fazer uma fila e ir buscar uns ou outros, temos que saber integra-los de uma forma humana”, salientou o ministro.
Por isso, Manuel Heitor tem vindo a reunir com estudantes vindos da Síria já integrados no Ensino Superior português.
“Queremos que eles nos ajudem para garantirmos melhores condições de integração social e económica e acima de mais que esta integração seja feita com valores de ética muito importantes”, reforçou.
O ministro enalteceu ainda o papel da Universidade do Minho UMinho) na inclusão do grupo de estudantes que frequenta atualmente a academia.
“É impressionantes as condições que a UMinho desenvolveu para integrar estes estudantes que, devemos reconhecer, é um papel de cidadania europeia ao integrar aqueles que não conseguem estudar nos seus próprios países”, realçou.
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