A ministra da Saúde afirmou hoje que, se for apurado nos inquéritos abertos aos incidentes no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que há responsabilidades que podiam ter sido evitadas, saberá interpretar esses resultados.
“Se efetivamente houver responsabilidades que a ministra da Saúde entenda que podia ter evitado, pode ter certeza que eu saberei interpretar esses resultados. Essa é a garantia que pode ter da minha parte”, assegurou Ana Paula Martins em resposta ao deputado do Chega Rui Cristina na audição conjunta das comissões parlamentares do Orçamento e Finanças e da Saúde a propósito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025.
Em resposta a questões levantadas por Rui Cristina, a governante manifestou o desejo de que os inquéritos instaurados às 11 mortes por alegados atrasos no atendimento do INEN apurem “o mais depressa possível, para bem de todos, as responsabilidades que ocorreram durante este período (…) para que fique de forma clara o assacar de responsabilidades”.
Ana Paula Martins enfatizou que tem muitos anos de vida profissional, sendo a primeira vez que tem uma atividade política, “ao contrário de muitas outras pessoas que estão neste hemiciclo”.
“Tenho uma longa carreira contributiva e uma longa carreira curricular e posso-lhe garantir que não dependo deste lugar para sobreviver nem para viver. Aliás, nunca o fiz, e por isso há uma coisa, senhor deputado que lhe digo olhos olhos, se efetivamente houver responsabilidades que a ministra da Saúde entenda que podia ter evitado, isso pode ter certeza que eu saberei interpretar esses resultados”, vincou.
As 11 mortes associadas às falhas no INEM já motivaram a abertura de seis inquéritos do Ministério Público e um da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde.