O Ministério Público solicitou esta quinta-feira a pena máxima, 25 anos de prisão para sete homens acusados de sequestrar e matar um empresário de Braga e dissolver o corpo num bidão de mil litros de ácido sulfúrico, referindo-se aos três irmãos bracarenses Bourbon – dois advogados, Pedro Bourbon e Manuel Bourbon, e ainda um economista, Adolfo Bourbon.
A mesma pena, de 25 anos de prisão, foi pedida esta quinta-feira para o terapeuta Emanuel Marques Paulino “(Bruxo da Areosa”), curandeiro que passou a infância e juventude em Braga e é padrinho dos dois filhos de Pedro Bourbon, o mais velho dos irmãos do Clã Bourbon, também suspeito do rapto e assassínio do empresário bracarense João Paulo de Araújo Fernandes, de 41 anos, agredido e raptado à frente da filha, então com oito anos, na garagem da sua residência, na Avenida António Palha, em Lamaçães, na noite de 11 de Março de 2016.
Nas alegações finais que decorrem na manhã desta quinta no Tribunal de São João Novo, no Porto, o procurador do Ministério Público, Fernando Miranda, classificou o crime “cruel e violento” de “uma elevadíssima ilicitude”, destacando ainda ter sido “evidente” não só “a violência, como “a conduta dos arguidos”.
Segundo alegou o procurador da República, “sequestraram a vítima com intenção de o privar da liberdade”, em Lamaçães, Braga, matando-o no dia a seguir ao rapto”, em Valongo, tendo o cadáver sido dissolvido depois em ácido sulfúrico em Baguim do Monte (Gondomar).
Para o Ministério Público, “os sete arguidos planearam esta morte com muitos meses de antecedência”, o que, segundo o magistrado, revela “a sua personalidade desviante”.
O procurador pediu ainda uma pena suspensa para os outros dois arguidos envolvidos no processo, o advogado Nuno Pinto Lourenço, de Gaia, e o chefe de vendas de um stand de automóveis, de Valongo, Filipe Aguiar Leitão.