Minho esteve 39 dias seguidos sem chuva (e pouca caiu nos últimos três meses)

Já não chove em Celorico de Basto desde 13 de maio
Minho esteve 39 dias seguidos sem chuva (e pouca caiu nos últimos três meses)

O Centro do Estudos Climáticos do MeteoFreixo esteve a monitorizar, a partir da sua estação meteorológica, a duração da seca na região Minho. Segundo dados dessa estação de Freixo (Ponte de Lima), o último registo de precipitação ocorreu em 20 de julho e desde aí foram 39 dias secos que terminaram com uma ténue pluviosidade na noite de 27 de agosto. De referir que alguns locais da região Minho ainda não tiveram precipitação neste dia 27, mas prevê-se que toda a região tenha pluviosidade a partir de 6ªfeira (29 agosto), registando-se nesses locais 40 dias com seca meteorológica.

A precipitação tem sido muito escassa nos últimos três meses, sendo que desde junho até 27 de agosto 2025, registou-se um acumulado de 33 mm. Este valor ficou muito aquém da normal (105 mm), chovendo apenas cerca de 30% do previsto.

De referir ainda que alguns locais da região do Minho interior como Celorico de Basto, segundo a estação meteorológica local, levam 104 dias sem precipitação, ou seja, não chove desde o dia 13 de maio!

Os analistas do MeteoFreixo adiantam que estas secas meteorológicas não são inéditas na região Minho, mas tem sido mais frequente nos últimos anos. Segundo dados históricos da estação de Freixo, julho de 2020 foi totalmente seco, julho de 2022 registou apenas 2 mm e agosto de 2024 apenas registou 1 mm, estando 33 dias sem chover (entre dia 21 de julho e 24 de agosto).

Os efeitos desta seca meteorológica de 2025 têm sido mais impactantes, comparativamente às anteriores, uma vez que o acumulado de precipitação nos dois meses antecedentes foi muito escasso! Estas condições determinaram solos com baixa humidade e a matéria combustível herbácea muito vulnerável à propagação de grandes incêndios rurais como aconteceu em Ponte da Barca/Terras de Bouro, Ponte de Lima e Celorico de Basto. Por outro lado, o período prolongado de dias secos levou à degradação da qualidade do ar com circulação atmosférica de sul (poeiras vindas de África) e da acumulação de fumos dos próprios incêndios rurais.

A boa notícia é o regresso de alguma chuva nos próximos dias, contribuindo assim para a redução do risco de incêndio e a melhoria da qualidade do ar.

 
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