O ministro da Defesa Nacional declarou, esta quarta-feira, que os militares portugueses no Iraque estão “fora de qualquer tipo de perigo”, aquartelados a mais de 200 quilómetros dos locais onde esta madrugada duas bases foram atacadas com mísseis.
“O contingente militar português no Iraque, 34 elementos, estão bem, estão todos fora de qualquer tipo de perigo estão na base de Besmayah, que fica a 200 quilómetros e 350 quilómetros das duas bases que foram atacadas, portanto estão muito longe do local onde ocorreram estes incidentes”, declarou o ministro João Gomes Cravinho.
O Pentágono confirmou, esta quarta-feira, que “mais de uma dúzia de mísseis” iranianos foram disparados contra duas bases em Ain Assad e Arbil, no Iraque, utilizadas pelo exército norte-americano.
Questionado pelos jornalistas à margem de uma visita à Academia de Comunicações e Informação da NATO, no Reduto Gomes Freire, em Oeiras, Gomes Cravinho sublinhou que a base onde estão aquartelados os militares portugueses, enquadrados no contingente espanhol na coligação internacional contra o “daesh” é “uma base algo isolada”.
“Fica a uns 40 quilómetros Bagdad numa região desértica e é um campo militar grande como se fosse uma espécie de campo de santa Margarida (em Portugal), que não tem uma povoação próxima e tem medidas de proteção reforçadas”, disse Gomes Cravinho.
Quanto a uma eventual retirada, o ministro reiterou que “é prematuro” falar em mandar regressar as tropas, afirmando que é preciso aguardar por mais desenvolvimentos em relação às posições das autoridades iraquianas.
O ministro adiantou que está em “estreita cooperação” com os aliados e que a “esperança é que em breve haja condições para retomar” as atividades de formação às forças iraquianas.