Os militares do posto da GNR de Braga estão descontentes por estarem a trabalhar num contentor exíguo, húmido, gasto e sem condições de atendimento ou casa de banho para os cidadãos que o procuram.
Um grupo de Guardas, que solicitou o anonimato, revelou a O MINHO que o espaço que o Posto Territorial utiliza junto do Comando Distrital, na Rua do Taxa, em Braga, não dispõe das condições mínimas de trabalho, havendo mesmo quem sugira, que em 2024, se enverede por uma espécie de greve de zelo, até que a situação se resolva.
Acrescenta que, “atendendo às limitações existentes de espaço, um dos militares que presta serviço no Posto, encontra-se, para efeitos de alojamento, acomodado num outro Posto Territorial.”
Relativamente aos recursos existentes no Comando Territorial de Braga, que também são insuficientes, diz que “são operacionalmente geridos de forma a garantir que a missão da Guarda é cumprida sem comprometer a segurança das pessoas e seus bens”.
GNR pede quartel há dez anos
Há dez anos que se fala, em termos governamentais, em construir quartéis para a GNR e a PSP em Braga. No caso da Polícia, a exiguidade das instalações que ocupa no Palácio dos Falcões foi atenuada com a extinção do Governo Civil e a libertação da parte central do edifício.
No que toca à GNR e, apesar de o MAI pagar 14 mil euros por mês à Arquidiocese pela cedência de uma parte do seminário de Nossa Senhora da Conceição, quantia que subirá para 18 mil com a cedência de novos espaços, a construção do novo quartel está adiada ‘sine die’.
“Está a ser renegociado o contrato de arrendamento do imóvel, para a utilização de novos espaços com melhores condições”, diz a GNR.