O Tribunal de Instrução de Braga enviou, esta quinta-feira, para julgamento, um militar da GNR do posto de Braga que se terá apoderado de 105 euros de uma carteira encontrada na via pública, em 2018.
O Ministério Público acusara-o de peculato, crime que o guarda negou ter praticado durante o debate instrutório, esta quinta-feira realizado.
O arguido foi denunciado pela mulher que encontrou o dinheiro, a qual entregou, em outubro de 2018, no Posto Territorial local, uma bolsa contendo, documentos e 105 euros.
Na ocasião, sublinhou aquela fonte, o militar, residente na cidade, elaborou um auto de achado, mas que só ele próprio assinou e sem mencionar o que se encontrava na carteira: “é uma das lacunas dos procedimentos da GNR. O auto, devia ser, obrigatoriamente, assinado por quem entrega e por quem recebe, para evitar fraudes”, disse a mesma fonte.
Passado algum tempo, a cidadã, que ficou com o nome da dona da carteira, voltou à GNR a perguntar pelo destino do dinheiro e concluiu que o mesmo desparecera e não constava dos registos. Desencadeou-se, então, um inquérito interno, com a consequente participação criminal.
Ainda de acordo com a acusação, “confrontado com a prática dos factos, procedeu à devolução da quantia em causa à sua legítima proprietária”.