Milhares de manifestantes de todo o país estão este sábado a encher a praça Marquês de Pombal, em Lisboa, na ação nacional convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) para exigir melhores condições laborais e aumento do salário mínimo.
De máscara colocada e empunhando cartazes, os manifestantes iniciaram marcha pelas 15 horas em direção à praça dos Restauradores, sob o lema “Avançar é Preciso! Aumento geral dos salários – 35 horas para todos – erradicar a precariedade – Defender a contratação coletiva.
Em declarações à RTP, Isabel Camarinha, líder da estrutura, lembrou que a meta a “curto prazo” do salário mínimo nacional é de 850 euros, ou assim exige a CGTP.
A organização estima que estejam a participar nesta ação cerca de 20 mil pessoas vindas de todo o país, em mais de 50 autocarros e em dois comboios, provenientes do Porto, a par dos que se deslocaram a Lisboa de transportes públicos ou em transporte próprio.
A CGTP marcou este protesto por considerar “urgente dar resposta às reivindicações dos trabalhadores, do setor público e do privado, resolvendo os problemas estruturais do mundo do trabalho – há muito identificados -, e cuja resolução se tem arrastado ao longo dos anos – baixos salários, precariedade, desregulação dos horários, normas gravosas da legislação laboral, entre outros”.
Segundo a central sindical, a situação atual “exige a adoção de uma política que valorize o trabalho e os trabalhadores, nomeadamente com o aumento geral dos salários e das pensões, a valorização das carreiras e profissões, a erradicação da precariedade, as 35 horas para todos sem redução de salário e o combate à desregulação dos horários, a revogação das normas gravosas da legislação laboral”.
A CGTP reivindica um aumento de 90 euros para todos os trabalhadores e a fixação de 850 euros para o salário mínimo nacional a curto prazo como forma de fomentar o crescimento económico.
A manifestação nacional da CGTP termina com uma intervenção político-sindical da secretária-geral, Isabel Camarinha.