Milhares de jovens concentraram-se hoje em diversas cidades do Minho, como Barcelos, Braga, Guimarães e Viana do Castelo, para participar na greve climática estudantil que se realiza em mais de cem países.
Os protestos são realizado por pessoas de todas as idades: estudantes do ensino básico ao superior, crianças acompanhadas pelos pais e adultos.
Milhares de jovens de mais de uma centena de países, incluindo meia centena de localidades de Portugal, fazem hoje greve às aulas para protestar contra a inação dos governos em relação às alterações climáticas.
Os jovens entregaram um manifesto a políticos das cidades, que demonstraram apoio às causas. Nas ruas, gritos de ordem como “não há planeta B” e “saia do passeio e vem para o nosso meio”.
“Recebemos o manifesto, os jovens estão aqui, é um direito, um local público, uma causa justa. Manifestaram algumas preocupações, que também são as nossas. Em Braga, teve uma empresa que quis explorar o lítio e eliminamos a possibilidade”, disse Altino Bessa, vereador na Câmara Municipal de Braga, nos pelouros do ambiente, energia e desenvolvimento rural, à TVI24.
O protesto, o segundo deste ano, serve para alertar os governos para a necessidade de tomarem medidas concretas para se limitarem a emissão de gases com efeito de estufa, que, segundo os cientistas de todo o mundo, estão a provocar alterações drásticas, graves e rápidas no clima da Terra.
Depois de uma greve idêntica a 15 de março passado, a de hoje tem o apoio dos adultos, professores, organizações ambientalistas e cidadãos anónimos. A próxima já está marcada para setembro.
Estão previstas ações dos jovens em mais de 1.600 cidades de 119 países e em Portugal devem realizar-se manifestações em pelo menos 48 locais, por todo o país.
A greve climática estudantil é inspirada na sueca Greta Thunberg, 16 anos, que no ano passado iniciou um boicote às aulas para exigir do parlamento da Suécia ações urgentes para travar as alterações climáticos, um protesto que rapidamente se replicou por todo o mundo.