Vídeo:Imagens Jornal das 8 / TVI
Miguel Sousa Tavares comentou, esta segunda-feira à noite, a possibilidade de o Estádio Municipal de Braga vir a ser vendido, no dia em que Ricardo Rio anunciou que será promovido um referendo local.
Para o comentador residente das edições de segunda-feira do Jornal das 8 da TVI, o estádio construído por altura do Euro2004 é, a par do que acontece em Leiria, Aveiro, Faro e Coimbra, um “elefante branco”.
Para o sustentar, Miguel Sousa Tavares justifica mesmo que “Braga não tem adeptos” [suficientes para a capacidade do espaço].
“Braga não tem assistências. Tiveram este fim-de-semana porque fizeram um jogo às 04:00 da tarde e os bilhetes eram quase de borla”, justifica.
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E falou, também, do caso do Vitória SC, que considera diferente dos cinco anteriores.
“Guimarães é um caso diferente, porque foi remodelado e porque o clube que joga lá tem público. É o quarto clube português com mais adeptos e, de facto, tem adeptos”, ressalva.
E diz mais. Pegando nas afirmações de Abel Ferreira, treinador dos ‘arsenalistas’, quando diz que o SC Braga compete em desvantagem com os ‘três grandes’, o comentador refuta, dizendo que FC Porto, Benfica e Sporting tiveram de “pagar 75% dos seus estádios”, ao contrário dos bracarenses (que pagam uma pequena renda mensal pela utilização da Pedreira).
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O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, anunciou hoje, que vai promover um referendo local para saber a opinião dos bracarenses sobre a hipótese de venda do Estádio Municipal de Braga.
Na auscultação, que terá lugar após as eleições legislativas do próximo mês de outubro, a autarquia irá perguntar se os munícipes são a favor ou contra a venda daquela infraestrutura.
Em conferência de imprensa na sede do Município, Ricardo Rio disse que a penhora recente às contas bancárias municipais devido a uma decisão judicial sobre obras no estádio, em 2003, (4,1 milhões de euros), e que fica resolvida esta semana, foi no fundo como que “a gota de água” para avançar com a possibilidade de venda, colocando a decisão nas mãos dos munícipes.
Rio explicou que a alienação permitirá estancar o enorme fluxo de verbas para pagar o custo da construção do estádio, que custou 165 milhões, dos quais falta pagar cerca de 30, mais 20 milhões de processos judiciais em curso.