O antigo vice-presidente do CDS-PP, e anunciado candidato à liderança caso se realize um congresso, anunciou que regressou à reunião do Conselho Nacional, depois de ter abandonado em discordância o presidente daquele órgão.
“Saí dos trabalhos porque não pactuo com uma ilegalidade. Volto porque a legalidade, depois de tanta pressão, prevaleceu”, escreveu o dirigente, numa publicação na sua página pessoal na rede social Twitter.
Adolfo Mesquita Nunes acrescentou que “foram cinco horas a discutir uma coisa que podia e devia ter sido resolvida em cinco minutos”.
abandonei o conselho nacional. a mesa recusou o parecer vinculativo da jurisdição que obriga moções de confiança a voto secreto. não querem congresso nem ouvir a liberdade dos conselheiros em voto secreto. eu estou no cds, apenas não estou numa decisão ilegal nem participo nela.
— Adolfo M N (@Adolfo_MN) February 6, 2021
foram 5h a discutir uma coisa que podia e devia ter sido resolvida em 5m. saí dos trabalhos porque nao pactuo com uma ilegalidade. volto porque a legalidade, depois de tanta pressão, prevaleceu.
— Adolfo M N (@Adolfo_MN) February 6, 2021
O presidente do Conselho Nacional, Filipe Anacoreta Correia, pôs à consideração dos membros a decisão sobre o modo como será votada a moção de confiança à comissão política nacional, apresentada pelo líder do partido.
Adolfo Mesquita Nunes, que propôs a realização de um congresso eletivo antecipado, não concordou com esta decisão e anunciou que iria abandonar a reunião.
O antigo dirigente defendeu que o Conselho Nacional deve acatar o parecer do Conselho Nacional de Jurisdição, emitido na sexta-feira, que estabelece que “a votação de moções de confiança à Comissão Política Nacional deve ser realizada por escrutínio secreto”.
Considerando que a decisão de Anacoreta Correia é “ilegal, é cobarde”, Mesquita Nunes frisou que não queria “participar num Conselho Nacional que viola os estatutos”.
Cerca de 250 membros do Conselho Nacional do CDS-PP estão reunidos desde as 12:10, por videoconferência, para discutir e votar uma moção de confiança à Comissão Política Nacional apresentada pelo líder, Francisco Rodrigues dos Santos, depois de o antigo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes ter proposto a realização de um congresso eletivo antecipado e ter anunciado que será candidato à liderança caso essa reunião magna aconteça.
Os trabalhos arrancaram à porta fechada, mas foram abertos aos jornalistas a partir das 15:45, após decisão do Conselho Nacional.
Pelas 17:30, houve uma pausa nos trabalhos, estando previsto que retomem às 18:00, com a apresentação da moção de confiança por parte do presidente do partido.