O presidente do Vitória SC, Miguel Pinto Lisboa, deixou uma mensagem de Natal aos sócios e adeptos vimaranenses, onde destaca o regresso dos adeptos às bancadas, e reforça que o clube tem ainda mais a reclamar do que aquilo que já atingiu nos últimos 100 anos.
Mensagem na íntegra:
“Tal como na sociedade e na economia, também no desporto vivemos um tempo no qual ainda convivem a esperança e a incerteza. O ano que finda teve em doses iguais estes ingredientes aparentemente incompatíveis, mas que coabitam num tempo fortemente marcado por uma pandemia que é única na história do Vitória e na vida de todos os seus sócios e adeptos.
Celebramos, ainda assim, sinais de retoma tão ansiados e que são tão importantes para o dia-a-dia do nosso clube. O Vitória Sport Clube esteve na linha da frente na batalha pelo regresso do público aos estádios, entendida como fundamental para a atividade, não apenas do prisma financeiro, mas sobretudo para a salvaguarda de um jogo que tem na dimensão popular a principal razão da sua universalidade.
A presença dos adeptos nos estádios foi uma grande conquista de 2021, ainda que condicionada por um processo burocrático que o nosso clube também combateu, desempenhando o papel que o Vitória tem de ter em prol das grandes questões do futebol e do desporto. O fim do Cartão do Adepto foi um importante passo coletivo, mas não esgota as várias preocupações que o sector atravessa e que nos têm mobilizado ao longo dos meses.
O futebol profissional em Portugal tem pela frente desafios enormes, mas que constituem também uma oportunidade única e irrepetível. O processo com vista à centralização dos direitos televisivos, a introdução de medidas que incrementem a competitividade fiscal do sector, a sempre adiada alteração nos seguros desportivos e o necessário debate em torno das receitas das apostas são temas estruturantes para a sustentabilidade e o crescimento do futebol profissional e que o Vitória tem defendido nas sedes próprias.
A força institucional do Vitória advém também da sua história e da sua expressão popular. Dimensões que em 2022 têm necessariamente de sair reforçadas. Assim o exigem 100 anos de história, que também nos mobilizam a todos, enquanto coletivo, para um ciclo que a todos os níveis seja condizente com a grandeza do clube e, acima de tudo, com as suas ambições futuras.
Um Vitória, como sempre, de todos e para todos. Compreendendo as suas obrigações, reforçadas neste tempo, de garantir a prática desportiva a todas as gerações, dos mais novos aos seniores. Um Vitória das modalidades, inclusivo, mas sem perder de vista que as suas responsabilidades para com a comunidade são ainda mais transversais. O apoio social é, para o nosso clube, uma missão a que voltamos a corresponder em 2021, mas que percebemos que se tornará ainda mais premente nos tempos que se avizinham.
O Vitória tem um espaço ainda maior a reclamar no futebol e no desporto. Estamos certos de que, com a força de todos, conseguiremos fazer deste momento uma oportunidade, sendo dignos de um centenário de enorme riqueza, mas que nos convoca para um novo ano repleto de alegrias, dentro e fora do campo”.