Meliá de Braga faturou 9,1 milhões em 2023

Foto: Meliá / Arquivo

O Grupo Hoti Hotéis, que opera com várias marcas, obteve receitas de 102 milhões de euros em 2023. Foi uma aumento de 22% em relação a 2022 e o valor mais alto de sempre, esperando ainda crescer este ano para os 110 milhões de faturação. O Meliá de Braga foi responsável por 9,1 milhões em 2023.

“O ano correu muitíssimo bem e estamos muito satisfeitos. Aproximamo-nos cada vez mais de um dos objetivos do grupo que é ter receitas de 150 milhões dentro de poucos anos”, começou por dizer Manuel Proença, fundador da cadeia hoteleira num encontro com jornalistas.

Já o presidente executivo (CEO), Miguel Proença, acrescentou, então, que os 102 milhões de euros de receita em 2023 foram “um recorde absoluto”, lembrando que o exercício passado foi o primeiro que “foi pleno”, ou seja, “o primeiro sem perturbações” desde o início da pandemia de covid-19.

A ajudar ao desempenho deste indicador esteve o facto de o crescimento das receitas terem colmatado o aumento dos gastos.

“Aumentámos muito os custos totais – embora no caso da energia as expetativas não se terem revelados tão graves como pareciam -, mas as receitas acompanharam, o que quer dizer que conseguimos manter a margem”, explicou Miguel Proença.

Em termos de custos, a maior subida deu-se, por força da conjuntura, nos preços correntes e vencimentos.

Para este ano, o CEO reforçou ainda que a receita prevista é, então, de 110 milhões de euros.

Em 2023, a acompanhar a tendência do setor desde há alguns anos, os preços médios no grupo subiram 20% face a 2019, atingindo os 91,30 euros, mas “o que surpreendeu”, disse o o mesmo responsável, foi a taxa de ocupação, que subiu para os 74,5%.

O presidente executivo disse ainda que a Receita por Quarto disponível (RevPar) em termos do grupo foi de 68 euros, face aos 58,7 euros de 2022 ou aos 55,4 de 2019, que no geral continua a ser classificado como o melhor ano de sempre do turismo.

Em termos das origens dos principais clientes do Grupo, Miguel Proença disse que o mercado português continua a ser líder, tendo crescido no ano passado 37% face a 2019, seguindo-se o espanhol, que estagnou, o alemão, que subiu 28%, e em quarto o americano/canadiano, cujo crescimento mais do que duplicou (136%). Em quinto lugar estão os turistas do Reino Unido, que aumentaram 64% no ano passado, quando comparados com o ano pré-pandemia, em 2019.

Do total de receita global, 73 milhões são faturação só de alojamento, com o mercado nacional a representar 20 milhões de euros.

Questionados sobre quais os hotéis do grupo que mais faturam, Miguel Proença apontou o Tryp by Wyndham Lisboa Caparica Mar (na Costa de Caparica) – que tem mais de 350 quartos – como o líder em termos de receitas em 2023 (11 milhões de euros), seguido do Meliá Lisboa Aeroporto com 10,9 milhões de euros, o Meliá Madeira Mare com 9,2 milhões de euros e o Meliá Braga com 9,1 milhões de euros.

Em dezembro de 2023, o grupo Hoti contava com 19 unidades hoteleiras sob várias marcas, 18 em Portugal e uma em Moçambique, que representavam, segundo o administrador Ricardo Gonçalves, 2.942 quartos em operação.

O grupo contava com 1.040 trabalhadores, mas o CEO admite que ainda se sente falta de mão-de-obra sendo o preço da habitação em Portugal o maior constrangimento para a fixação de trabalhadores. Neste sentido, dar habitação aos trabalhadores “é um caminho” que o CEO admite que o grupo “vai ter de seguir”.

 
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