O selecionador Roberto Martínez considerou hoje que a visita de Portugal à Polónia “é um desafio tático importante”, contra uma equipa “bem estruturada” e a “tomar riscos”, na terceira ronda do Grupo A1 da Liga das Nações de futebol.
“A Polónia gosta dos seus adeptos e do ambiente no estádio. É mais um desafio e jogar dois jogos consecutivos fora de casa é importante para nós, pois queremos continuar a ter bons resultados fora de Portugal. A Polónia arrisca, ataca com muitos jogadores e também defende com muitos. É um desafio tático importante. E também é muito boa na bola parada. Claramente mostra que é uma seleção muito forte”, frisou o treinador.
Em conferência de imprensa de antevisão, na Cidade do Futebol, em Oeiras, Roberto Martínez salientou que a formação polaca procura “otimizar o talento individual dos seus jogadores”, alguns experientes como Zielinski ou Lewandowski, e outros mais jovens, mas não menos influentes, como Zalewski, o que obrigará Portugal a lutar pela vitória.
“Na seleção, é importante ter uma continuidade para trabalhar os conceitos. A Liga das Nações é importante para crescer e preparar a equipa para o Mundial. É importante a competitividade no treino, os jogadores mostrarem o momento de forma, como eles trabalham durante os treinos, criar ligações e dar oportunidades. Nós temos um grupo maior e o processo é perfeito para criar o grupo, tentar ganhar e preparar o Mundial. É uma decisão do dia-a-dia e ver a competitividade do que acontece nos treinos”, disse.
A dispensa de Gonçalo Inácio abriu espaço a possíveis novidades no centro da defesa, com a chamada do estreante Tomás Araújo, que se junta a Rúben Dias, António Silva e Renato Veiga nas opções, embora Martínez inclua também Nuno Mendes nas contas.
“Estão prontos. O Rúben Dias tem liderança, comunica muito e ajuda muito. Com pé esquerdo, temos Nuno Mendes e Renato Veiga. Com pé direito, temos Tomás Araújo e António Silva. Os jogadores têm os conceitos defensivos que precisamos. Com a Polónia, precisamos de defender a largura, mas acredito muito neles e nós podemos ganhar o jogo com qualquer um”, expressou o espanhol, sem desvendar muito a tática.
O calendário sobrecarregado, que tem merecido críticas de vários quadrantes ligados ao futebol, incluindo os próprios jogadores, também mereceu análise do selecionador.
“É nossa responsabilidade proteger os jogadores e utilizar a nossa informação para ter jogadores com frescura e a poder trabalhar bem para ganhar os jogos. Eles gostam de jogar, até gostariam de jogar mais e treinar menos. As instituições do futebol precisam de mostrar responsabilidade e dar um bom descanso. O problema não é durante as épocas, mas sim entre as épocas. Eles podem jogar de três em três dias, mas temos de gerir os jogadores. Em setembro havia energia e frescura, e isso mantém-se”, explicou.
A comitiva lusa parte hoje para Varsóvia, às 15:50.
O jogo entre Polónia e Portugal vai ser disputado no Estádio Nacional de Varsóvia, no sábado, às 20:45 locais (19:45 em Lisboa), com arbitragem do neerlandês Serdar Gözübüyük.
Três dias depois, a seleção nacional defronta a Escócia, em Glasgow, também com início às 19:45.
Depois de duas jornadas, Portugal, que venceu por 2-1 nas receções a Croácia e Escócia, lidera isolado o agrupamento, com seis pontos, contra três de croatas e Polónia e nenhum dos escoceses.
Os dois primeiros classificados de cada um dos quatro agrupamentos da Liga A da quarta edição da prova seguem para os quartos de final.
Portugal conquistou em 2019 a primeira edição da Liga das Nações, ao bater na final os Países Baixos por 1-0, no Estádio do Dragão, no Porto, graças a um golo de Gonçalo Guedes.